OS MEDIA E AS ELEIÇÕES: Independentemente dos jogos de bastidores, pressões e tentativas de influenciar os media por parte dos partidos políticos - eventos que raramente chegam a ser integralmente conhecidos do grande público - e independentemente dos (de)méritos de Santana Lopes e da sua equipa nos resultados das eleições legislativas, penso que se deve questionar objectivamente a actuação dos media na respectiva campanha eleitoral. E, objectivamente, pode afirmar-se que o tratamento dispensado a Santana foi tudo menos isento. A partir de certa altura gerou-se um certo unanimismo na imprensa escrita e em certos canais de televisão contra Santana, favorecendo claramente o seu adversário político. Tudo isso seria aceitável se esse "alinhamento" fosse precedido de uma posição editorial nesse sentido, por parte do(s) orgão(s) de comunicação em questão. Se assim fosse, os destinatários poderiam fazer o seu juízo dispondo de todas as coordenadas, podendo valorizar, desvalorizar ou ignorar tal orgão em conformidade. No entanto e o que é grave é que tal alinhamento foi praticado a coberto da credibilidade que é conferida a meios de comunicação que são, ou eram, considerados referências de isenção, credibilidade e seriedade. E assim, os destinatários receberam como boa e credível uma realidade que foi deliberadamente distorcida - por acção e/ou omissão - em função de determinado objectivo. Isto chama-se manipulação. Seria bom para a democracia que houvesse mais opções para fazer face ao monopólio das "referências" mediáticas existentes - monopólio = poder, e este corrompe... - e seria igualmente bom que certos orgãos de comunicação, em prol da sua reputação, fizessem uma análise do seu comportamento na última campanha eleitoral.
Há muito tempo que se sente, pelo menos eu sinto, que os jornalistas estão longe de serem independentes. E não falo dos que apenas emitem opiniões, pagos para isso. Falo dos repórteres, dos apresentadores de telejornais, dos entrevistadores... Tem ilusões? Basta haver sangue, fofoquice, intriga e eis que se vê tudo menos independência.
Há muito tempo que se sente, pelo menos eu sinto, que os jornalistas estão longe de serem independentes. E não falo dos que apenas emitem opiniões, pagos para isso. Falo dos repórteres, dos apresentadores de telejornais, dos entrevistadores... Tem ilusões? Basta haver sangue, fofoquice, intriga e eis que se vê tudo menos independência.
Há muito tempo que se sente, pelo menos eu sinto, que os jornalistas estão longe de serem independentes. E não falo dos que apenas emitem opiniões, pagos para isso. Falo dos repórteres, dos apresentadores de telejornais, dos entrevistadores... Tem ilusões? Basta haver sangue, fofoquice, intriga e eis que se vê tudo menos independência.
Há muito tempo que se sente, pelo menos eu sinto, que os jornalistas estão longe de serem independentes. E não falo dos que apenas emitem opiniões, pagos para isso. Falo dos repórteres, dos apresentadores de telejornais, dos entrevistadores... Tem ilusões? Basta haver sangue, fofoquice, intriga e eis que se vê tudo menos independência.
Há efectivamente falta de isenção nalgum jornalismo, mas no caso das legislativas o Coroneu acha que Santana nem sempre foi prejudicado... Em todos os jornais após os debates a postura favorita ia para Santana...
O drama da nossa sociedade é que os jornalistas arrogam-se um poder, supremo de certeza, de serem os verdadeiros opinion makers deste País. Não são nem sertão isentos, acham que o povo português é na sua generalidade iletrado e, como tal, tem que ser orientado. Fiquei estupefacta com a atitude dos media, não só durante a campanha eleitoral, mas desde que se soube que Durão tinha escolhido Santana para sucessor. Desde o primeiro momento que Santana está debaixo de fogo, ou porque sai à noite, quem recebe em São Bento, se dorme a sesta, porque não leu o discurso de tomada de posse até ao fim, porque achavam que não tinha perfil para o cargo, pelas demissões, pelas questiunclas com comentadores (que o odeiam declaradamente), etc. etc. etc., não lhe dando nunca a oportunidade do contraditório A isto chama-se Jornalismo? Não me parece, eu chamo-lhe arrivismo, vontade de formar opinião pública hostil. Mas há que dizer que estamos no País em que os jornalistas podem publicar o que quiserem, porque não têm sequer que ter preocupações com fontes, e muito menos com a confirmação das mesmas.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.