AINDA SOBRE MORTES: Enquanto escrevo, os serviços noticiosos andam numa enorme balbúrdia atrás da notícia da potencial morte de SS João Paulo II. Começam a passar e a repetir as inúmeras reportagens antecipadamente preparadas, tal como aconteceu naquela caricata exibição do documentário sobre a Rainha-Mãe Inglesa. Imagino que nas redacções da comunicação social existam já uns quantos a torcerem para que a potencial morte do Príncipe Rainier não se sobreponha à potencial morte de João Paulo II. É que já a morte de Madre Teresa de Calcutá sobreposta à da Princesa Diana terá originado aquilo a que poderia chamar de "lucros cessantes". Um dia, um dia que espero muito longínquo, será possível às redacções programarem e coordenarem detalhadamente as mortes de determinadas pessoas de forma a dilatar no tempo as maiores tiragens. Até lá, essas pessoas devem morrer ainda naturalmente, no seu devido tempo. Aos vivos, resta rezar por elas. Aos serviços noticiosos, convinha que esperassem pela morte das pessoas.
Parece, afinal, que João Paulo II está a reagir bem. Deus o continue a proteger para que ele nos continue a oferecer o seu maravilhoso exemplo de vida. Vida até à morte natural, tal como ela deve ser.
O exemplo de uma vida dedicada aos outros. O que é realmente uma completa loucura. Parabéns, Anonymous, disse a verdade sem querer. Eu, às vezes, quero e não consigo dizê-la. E parabéns, Vasco, porque o seu post acertou em cheio mais uma vez.
A que chama morte natural? O que considera alimentação artificial?, respiração assistida? função cardíaca assistida? paragem cardio-respiratória? é que se paragem cardio respiratória não é morte natural não sei o que será, então.
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