Há uma grande diferença entre ser campeão e ganhar o campeonato. Há capeões e campeõezinhos. O Porto e o Sporting, se tivessem ganho o campeonato, também seriam campeõezinhos.
A cor do meu batuque Tem o toque, tem o som da minha voz Vermelho, vermelhaço Vermelhusco, vermelhante, vermelhão
O velho comunista se aliançou Ao rubro do rubor do meu amor O brilho do meu canto tem o tom E a expressão da minha cor "vermelho"
Meu coração é vermelho Ei, ei, ei De vermelho vive o coração Ê, ô, ê, ô Tudo é garantido após a rosa avermelhar
Tudo é garantido após o sol vermelhecer Vermelhou no curral A ideologia do folclore avermelhou Vermelhou a paixão O fogo de artifício da vitória avermelhou.
Deixa-me so deixar aqui mais uma. Aqui vai um excerto de uma entrevista de António Lobo Antunes à revista Visão (de há já uns tempos) onde, às tantas, se evoca a dita "guerra do Ultramar", em Angola, em que o ilustre Autor tomou parte.
V: Ainda sonha com a guerra?
ALA: (...) Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, punhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
V: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
V: Não vou pôr isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?
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