TÃO DEMOCRATAS QUE NÓS SOMOS...: De vez em quando, os comunistas e trotskistas do nosso Parlamento deixam cair a máscara e mostram o que realmente pensam sobre a democracia. O aborto, goste-se ou não e seja qual for a posição de cada um foi objecto de referendo nacional. A população, bem ou mal, manifestou-se MAIORITARIAMENTE pela manutenção da actual lei. Devido à forma trapalhona como o PS lidou com o agendamento de novo referendo, parece que o mesmo não poderá ocorrer nos próximos tempos. Qual é a solução para os nossos Brejnevs? É avançar e impor a despenalização via Parlamento, que o referendo não é preciso para nada. Se a população pensa ao contrário é porque é burra, mal informada ou influenciável e, por isso, tem que ser "educada" pelos donos da verdade colectiva. Este tipo de atitudes é triste, mas não surpreende. Não surpreende porque vem de pessoas que não escondem a sua admiração pela Coreia do Norte ou a sua nostalgia pelo totalitarismo soviético. Que nunca se chocaram com os respectivos crimes e que, por força da queda do Muro de Berlim, foram obrigados a mitigar (leia-se "esconder") as suas verdadeiras opiniões políticas - algumas, que até chegam ao governo, só bem mais tarde admitiram os inconvenientes do regime soviético. Para esta gente, a democracia só serve enquanto os servir. Para nós, não deve ser um dado adquirido. É bom estar atento.
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