AREIA NAS PRIMEIRAS NOITES DE BRASA (VERSÃO DESERTO): Montem num carro, abram as janelas e rolem devagar. Procurem uma charneca, um planalto calcinado, uma seara sufocada, uma plantação de armazéns abandonados perto dum bled qualquer. Uma estrada estrangulada por moles de xisto. Uma vila refugiada do abrasamento por trás da cal das paredes. Insert> Giant Sand> Is all Over the Map Mastiguem a 1ª faixa (Classico), passem de repente para a 5ª (Cracklin water) e depois para a 11ª (Napoli), todas cantadas pelo Howe Gelb. Deixem-se estar assim, a 60 kms/h, à espera da 13ª faixa (A classico reprise). Chegando lá, não tirem as mãos do volante quando Henriette Sennenvaldt (algo de Marlene, algo de Nico) começar a sussurrar na deliciosa desafinação moribunda das mulheres do norte, género esta é a minha última canção. Talvez não moribunda, talvez só o sopro de quem nunca está disposto a acordar. Ou então, se tiverem a sorte que eu tive, tirem as mãos do volante e mostrem à doadora que gostaram. Obrigado, Mischinha.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.