BÉBÉS: Estaremos tão infantilizados que não conseguimos assinalar a morte de um pedaço de carne histórica sem o santificar mas também sem o apoucar, ressuscitando-o? Foi ele o verdadeiro intelectual orgânico português ao melhor estilo gramsciano, girino do processo revolucionário do século XX luso que nunca chegou a ocorrer, mas que nem por isso deixou de federar o imaginário da oposição a 48 anos de atraso português. É mais do que suficiente para aceitar a sua importância evidente. É verdade que podemos especular, temos esse direito, sobre o que poderia acontecer se o girino se tivesse desenvolvido no charco; mas a História, meus caros, não tem o hábito de consagrar o que as pessoas poderiam ter feito. Quanto aos babados pelo santinho, respeito os da sua idade e sonhos. Já aos novos, aos meninos e meninas, mimados e mimadas, das redacções que fizeram os "especiais Cunhal", recomendo-lhes que se fiquem pelo Cristiano Ronaldo e pela Angelina Jolie. São mais do seu mundo.
este post é perfeito na sua génese. Violento porque "esta malta" ainda não estava preparada para isto. julgavam que a mediatização é apenas uma coisa "deles".
Girino poderoso esse, que se traduziu em nacionalizações, numa constituição que ainda hoje condiciona verdadeiras reformas, regimes vitalícios para funcionários públicos... A mera existência de uma corrente como a protagonizada por Cunhal fez passar a ideia de que são «moderadas» correntes pseudo-sociais que funcionam como boqueio ao progresso do país.
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