DIZ-ME ( OUTRA VEZ ) MEU AMOR: A sexualização do amor, a incapacidade de mastigá-lo fora da corrupção de gelhas e mangueiras, será uma marca decepcionante da alta cultura. O amor pelo próximo cativou-se aos superiores interesses da caridade oficial, quando não aos sindicatos das boas causas. A gentalha, sobretudo a letrada, anseia por cavalgadas. Tudo está demasiado exposto, e Tertuliano sempre teve razão: desejas no olhar, já pecaste. Um outro amor cobiça o ruído. Não é o amor pegajoso do diálogo, do entendimento, da esponjosa afeição à marmelada das boas intenções. Relembro outras guerras, saídas da profecia de Calcas, a ira de Atena durará só um dia. Quantas coisas duram mais que a resistência do amor? Entendamo-nos: Que tempo temos? Quanto dura?
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