AMIGOS, AMIGOS...: Há uma maioria estável no parlamento, um governo de maioria - mesmo que desgovernadinho de todo e incapaz de resolver a questão das finanças -, ministros à solta a falarem do que lhes dá na real gana (geralmente contra os seus pares), verifica-se uma enorme agitação social e alvoroço nas ruas, num clima de descontentamento geral e, para finalizar, um ministro demitiu-se apenas após quatro meses de governo. Perante este cenário, e à semelhança do que tem feito, imaginar-se-ia que Jorge Sampaio iria anunciar de imediato a dissolução da AR (após atenta audição de 173 pessoas), mas este, estranhamente, não o fez. Como os portugueses não querem imaginar que Jorge Sampaio seja um protector dos seus amigos no poder, a única razão plausível para se compreender que não vá a correr dissolver a AR é considerar que Jorge Sampaio entende que é menos importante para o país a demissão do Ministro das Finanças, Campos e Cunha, do que a demissão do Ministro do Desporto (como é que ele se chamava?...).
Há uma pequena diferença, caro Vasco, mas tão imperceptível que nem desde por ela... LEGITIMIDADE... o governo do Santana foi herdado, o do Sócrates foi ganho nas urnas! Acresce, ainda, que o País sofreu demais (vê o valor do défice escondido por vários governos consecutivos -Guterres, Durão e Santana - sendo que nos 2 últimos foi feito por quem se legitimava como protector da razão e da contenção). Haja decoro, e olha que eu não sou socialista nem voto à esquerda!!! Deixo-te uma definição minha:
Demagogia: são os defeitos que encontramos nos outros para justificar os nossos...
Portugal precisa de ideias, Vasco, não de críticas continuadas. E não falo de ti, o meu comentário não é particular, falo sim deste povo solidário na desgraça e muito distante do sucesso da Europa!
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