LONGE DA VISTA, LONGE DO CORAÇÃO? O psicólogo não pesca nada de geopolítica nem de defesa. Mas interessa-se pela espuma. Reparou num aspecto muito badalado: foi coisa boa a forma como os ingleses conseguiram esconder dos abutres da informação as imagens dos mortos. O psicólogo achou deveras metálica esta satisfação. Compreende, apesar das sua limitações, o ponto de vista dos satisfeitos: a imagem da dor é uma vitória do terror, logo, sofre-se em recato. Não confundir com estoicismo: para a equipa do Stoa, não se espera nada do dia de amanhã. Quer o psicólogo dizer que a negação do espectáculo do terror lhe parece trazer no bico uma função, uma esperança, por isso é sentida como uma espécie de vitória sobre o Mal. E é aqui que o psicólogo fica a remoer: precisamos ou não de ver a imagem do Mal, a impressão que ele nos deixa agarrada à pele? O psicólogo não sabe.
É de louvar a atitude dos Ingleses, face aos ultimos acontecimentos, acredito que se fosse em portugal se teriam visto durante horas a fio braços, pernas e mais ainda se pudessem. Como o exemplo de acidentes na auto-estrada, onde os familiares algumas vezes recebem as noticias pela televisão.
Muitas pessoas acham que os ingleses foram frios e calculistas, mas é neste tipo de situações que eles dão lições aos latinos, e ainda é de louvar o avontade com que regressaram no dia seguinte à à sua vida quotidiana.
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