A COR DA INVEJA: Em quinze anos de psicoterapeuta ( dez a sério) nunca encontrei uma alma que admitisse invejar, sem embargo de ter conhecido centenas que admitiram as coisas mais soezes que se possa imaginar. Pois eu invejo, neste mês, duas coisas:
a) Quem vive em Vila do Bispo, por causa dos percebes, os melhores de Portugal ( a medalha de prata vai para os da praia de Paredes de Vitória, lá para os lados da Marinha Grande, sobretudo os da marisqueira do senhor António).
b) O FCP, porque tem o Lucho González.
Ou seja, seguindo a cartilha de Melanie Klein, eu queria mesmo era esvaziar estes objectos das qualidades invejadas, reduzindo-os a nada; a zero. A inveja é mesmo uma coisa muito feia, não é?
Caro FNV Agora que fala nisso vislumbro o que quer dizer: a) a inveja enquanto vontade de ter o que o outro tem, de estar no lugar do outro; b) a inveja enquanto vontade de, tal como diz, esvaziar o objecto da inveja das qualidades invejadas. A primeira, benévola, mesmo inócua; quiçá motivadora de comportamentos positivos com vista à conquista do objecto da inveja ou de situações ou objectos idênticos. A segunda, mais perniciosa, soez, mesquinha: acontece amiúde em casos de ciúmes: o namorado ou o cônjuge que mata ou tenta destruir a parceira, num acesso de ciúmes com o argumento motivador de que "não és minha não serás de mais ninguém". O que eu não entendo é a razão do meu comentário. Há momentos nas férias que são uma chatice. Aliás, sem o desmerecimento do seu post, parece-me que o meu amigo também terá sido inspirado para este post por um momento daqueles. Abraço.
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