UMA MEDIDA IRREALISTA: Dou o meu testemunho concordante, a propósito de um post de JPP no Abrupto. Desde há muitos anos, por via da ajuda que presto a um colega de consultório, lido com centenas de pequenos proprietários de floresta que vivem em meios rurais. Diz-me esta gente, na esmagadora maioria dos casos, velhos, que não têm quem queira trabalhar na limpeza das matas: não podem competir com o rendimento mínimo. Assim sendo, que sentido faz uma medida de limpeza coerciva das matas? Nenhum, obviamente.
O problema não é esse. Os proprietários aparentemente fornecem algo que todos consideram valioso (árvores, biodiversidade, O2, clima mais ameno etc.) mas a população só estão disposta a pagar algo quando dá prejuizo(bombeiros etc). O que acontece é a estgnação comunista: propritários que não podendo ter lucro abandonam a manutenção das suas propriedades.
Quero ver quando Quioto ou outro Mercado de "poluição" entrar em vigor. Por exemplo os EUA terão direito a fazer muita poluição porque têm uma grande área selvagem. Quem é que tem os direitos sobre a poluição os Governos ou os proprietários?
A Galp e outras deviam ir a casa desses velhotes e outros não velhotes comprar os direitos a poluir...
é mesmo assim, não se consegue ninguém para limpar a floresta, nem para outros trabalhos agricolas, de facto as populações queixam-se do rendimento social de inserção e não deixam de ter uma certa dose de razão, porque não inserção para ninguém, neste momento os benefeciários recebem a quantia monetária a que tem direito e pronto.
É quase patética esta tentativa de responsabilizar o rendimento mínimo de inserção/ ou garantido, como desejar o FNV, pelo abandono do meio rural, pela desertificação do interior e pelos fogos. Se o ridículo queimasse, o FNV e mais estes comentadores em busca do tempo perdido, estariam reduzidos e cinzas. Esses "pequenos proprietários" queriam o quê? Continuar a pagar salários de miséria por trabalho braçal de grande dureza e completamente desprovido de protecção ou de futuro? O povo foi-se embora? Não trabalha mais para eles? Ingrato esse povo. Aliás o Salazar por alguma razão proibia a emigração. Um bocadinho de bom senso e de vergonha podia evitar que se continuassem a vender balelas socias e fantasias políticas para justificarem as saudades do antigamente! Mas essa da "estagnação comunista" é uma pérola digna das que saem pela boca fora do vosso AJJardim!
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