VAGAS DE ANTI-AMERICANISMO PRIMÁRIO: Um dia destes, os americanos serão os principais causadores e culpados dos horrores da segunda guerra mundial. Não valerá a pena lembrar que eles estavam e queriam estar fora dela quando foram barbaramente atacados e forçados a nela entrar. Recordar todo o auxílio que deram ao mundo em geral e à Europa em particular será igualmente inútil e certamente carreado para o campo dos interesses materiais. Para já (estamos a sessenta anos da coisa), eles são apenas acusados de terem deitado duas bombas atómicas sobre o Japão com segundas intenções: os revisionistas no sofá e de pantufas acham que as bombas foram largadas para impressionar a URSS ou para justificar aos contribuintes as despesas efectuadas com a criação das bombas. A acusação é ignóbil e vil, para além de injusta e não confirmada historicamente, e esquece a realidade da altura conhecida como tal. Sugere-se a leitura dos artigos de José Manuel Fernandes (o que ele tem melhorado desde que os socialistas conquistaram o poder!) de sábado e o de Vasco Pulido Valente de domingo, ambos no Público.
Convém ainda sublinhar que hoje, os norte-americanos fazem o que esses tipos das pantufas querem: deixam-se matar para não matarem os outros (o que é uma coisa quase inconcebível e diz muito da grandeza dos americanos: estariam os nossos governantes dispostos a deixar morrer os nossos filhos para não usar as nossas armas contra o inimigo? Como seriam as manifestações populares junto da TVI ou da SIC?... Convinha pensar nisto...). Na altura não tinham de o fazer (nem hoje, valha a verdade, e por isso deveriam ser elogiados): estavam numa guerra contra malucos (hoje não?...), kamikazes (hoje não?...), que se defendiam arduamente até à morte (hoje não?...), com ataques cobardes sobre militares ou civis (hoje não?...).
PS: nota final para um pequeno comentário. De acordo com o Público (cfr, dia 6), um dos anti-americanos (não tenho aqui o jornal e não me apetece ir lá baixo buscá-lo para ver o nome do tipo) dizia que as bombas não tinham necessidade de ser lançadas porque a guerra contra os japoneses estava ganha desde o momento da entrada em cena dos soviéticos no Pacífico: é que os japoneses iriam render-se logo porque, embora aguentassem as bombas atómicas - quantas fossem - não queriam ser invadidos pelos soviéticos. O argumento é hilariante: em duas penadas diz-nos que mesmo atacado com bombas atómicas o Japão resistiria (o que não seria sem bombas atómicas....), coisa que eu confesso não acreditar, e que os japoneses tinham mais medo dos soviéticos do que de bombas atómicas, no que eu acredito piamente. Sublinho por fim a forma cordata com que os americanos trataram os japoneses na vitória. Não há muitos povos assim e os franceses que o digam, mesmo não tendo ganho nada desde os primórdios de Napoleão. PS2: Para evitar comentários disparatados e desnecessários, desde já se deixa aqui declarado que a devastação sofrida pelos japoneses se imagina terrível e sem igual, no passado ou no futuro (pelo menos assim se espera). Apenas se compreende a atitude tomada pelos EUA na altura.
Finalmente! . Quem disse essa bojarda idiota foi o Vicente Jorge Silva no DN.
O Japão estaria muito mais destruído com invasão sem contar com os milhões de mortos na própria invasão e centenas de milhar pelo prolongamento da guerra. O Japão tinha em combate 1-2 milhões de soldados na Manchuria(Coreia) e na China.
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