AMARGA VITÓRIA: Julgo que o filme com este título é do Nicholas Ray, não tenho a certeza. Passa-se na WW II, no Norte de África, e entra o Curd Jurgens e o Burt Lancaster ( ou o James Mason?). Um "espírito livre", o texto do filme, é uma definição que muito me agrada. Errando de forma letal, libertamo-nos das tentações da posteridade. Resolvida essa coisa, fica outra: o que é um "espírito livre"? Provavelmente uma tendência para romper com a tradição, sabendo que ela nos há-de apanhar numa outra curva. Mas entre estradas e caminhos, escolhemos o nosso. Um "espírito livre" obriga-se a gostar dos amigos que pode ter, e a respeitar o que não lhe agrada. Despede a idiota ditadura - familiar e aldeã- que espera que ele venha a ser o que eles não foram, tanto quanto prescinde da publicidade. O anseio pela notoriedade, tão comum nos nosso dias, é a marca da coleira. Um espírito livre acredita em coisas que leu em livros, mesmo que que não os tenha compreendido de todo; tem com a memória um caso incestuoso, e sempre, sempre, sempre, se contradiz. A contradição é a casa da liberdade.
( Apaguei um pseudo-comentário, pois não era mais do que um longo texto de propaganda políico-partidária afixado por um imbecil controleiro anónimo; o "comentário" não tinha nenhuma relação com o post que escrevi; Como não consigo apagá-lo a menos que impeça outros comentários, este texto fica sem conversa com leitores. No problema.)
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