"Ponderai que abismo moral intrasponível corta em duas grandes secções a sociedade portuguesa nesta hora: dum lado a governante, declamadores, utopistas, descarados, tudo a ganhar no jogo da fortuna, quer divorciando-se, pela ignorância, das complexas questões respeitantes à gerência dum Estado, quer intervindo nelas por emboscada, a fim de nos desbridarem a riqueza direito aos cofres dos seus societários; do outro lado a trabalhadora, a mansa, a subalterna, feita da maior soma de apatias, puxando certo para o lado do bom senso, amando a labuta e a pátria, e sem pruridos de mando, sem iniciativa revolucionária, aferrada à rotina, e tolerante até pròs vícios, e conservadora até com os bandidos."
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