É por isso que guardamos com desvelo inútil as roupas que os vestiam nas fotografias de que gostamos. Como se o tecido vazio marcasse com precisão algo de ainda palpável.
Não, só morrem defenitivamente quando nós morremos, nunca nos esquecemos deles, a lembrança deles apenas deixa de doer tanto, com o passar do tempo, mas esquecer, não se esquecem.
Verdade que a memória dos cheiros é a mais radical, porventura a única que guardamos intacta sem sequer nos darmos conta, até ao instante absurdo em que algo a evoca e ela nos inunda. Em nós mas apesar de nós.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.