"Eu vivo no interior das negras sepulturas. Só eu sei conhecer as grandes amarguras Dos que pedem à terra a paz e o esquecimento... Na sua antiga dor encontro um alimento... E nas suas lágrimas sombrias e geladas, Como nos lagos ou nas fontes prateadas, Às vezes, mato a sede...E o mau ar que respiro Tem o amargo sabor dum último suspiro... Por isso, bem conheço a dor do homem..."
Teixeira de Pascoaes, "A Voz das Cousas". Pascoaes divide as cousas em secções lírico-naturais - a Lua, o Ar, o Mar, etc - assim ao jeito de Lucrécio. O trecho citado ocupa-se dos Vermes; na última secção, O Homem, Pascoaes volta a falar deles.
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