AGORA VAI A CHICOTE! A reacção do Ministro da Justiça e o comunicado do seu Ministério mostram aquilo que eu já tinha percebido: este Ministro ainda não compreendeu nada do que se está a passar à sua volta e, à boa maneira socialista - que tem confundido boa gestão com arrogância e prepotência -, investe cegamente e em frente, ofendendo uma vez mais os visados.
O desnorte total do Ministro ficou evidenciado pelo facto de ontem ter começado por dizer que a independência dos juízes e tribunais só fica em causa quando, entre outras coisas, o poder político os pode punir e, logo a seguir, ter vindo com a ameaça de se estudar a alteração da Constituição para que resulte clara a impossibilidade dos magistrados judiciais fazerem greve. Isto, claro, dizia o Ministro, seria para ser visto mais tarde, já com a cabeça fria.
Julgo que para as declarações que o Ministro proferiu ontem já se exigia igualmente a cabeça fria. Ou, pelo menos, minimamente ordenada.
Adenda: Aos meus caros colegas de blog, vocês que sabem tão bem mexer nestas engenhocas, saberão também aquilo que deverão retirar nos comentários a este post. Agradeço-lhes a ajuda e o tempo gasto. vlx
Este Acórdão já está no blog «Verbo Jurídico». Havia necessidade de o publicar aqui como comentário a um «post»? Não chegava um resumo e um comentário de extensão curta ou média? Assim asfixia os comentários que alguém quiser colocar a seguir, pois a seguir à página 3333 já estamos cansados de ler.
Eles já tinham avisado que quem se metesse com eles levava. Aqueles que se sentem, porque são boa-gente, das duas uma: a) Ou se calam. b) Ou levam! Esta lógica dos poderosos não se pode dizer que seja nova, antes pelo contrário cheira a bafio. O que se estranha é que apareça de novo em Portugal. Alguns parecem querer transformar a nosa democracia numa traulitocracia. Veremos se levam a avante.
Vamos ver sed eu sou capaz de entender... ou se me arrisco a que me apaguem o comentário... Mas sempre quero ver se entendo: afinal, 1º. é ou não preciso fazerem-se "cortes" para equilibrar essa coisa do orçamento? 2º É ou não verdade que os juizes gozam de privilégios que eu, aposentado, os funcionários públicos e os demais trabalhadores por conta de outrém nem sonhávamos que tinham? 3º É ou não verdade que não pode ser apenas a classe média a pagar a crise?
Finalmente, digam-me lá uma coisa: é lícito que o Governo, portanto, os ministros, secretários e subsecretários de Estado façam greve? Se não é, por que razão há-de ser lícito que o poder judicial faça?!
Não estou contra nada, nem ninguém. Mas gostava que estes pontos fossem esclarecidos. Aí, então, saberei se o ministro Costa tem razão ou se tem o juiz Ten** que eu sei que não vai mais que uma ou duas vezes por semana, "dar uma volta" até ao Tribunal...
Apagar os comentários ? Não tenha medo, que pelo que tenho visto aqui, neste blog que por vezes frequento, não há mentalidaes tacanhas, abrutalhadas ou Himmlers de pacotilha que tratem os seus semelhantes ao pontapé e à chicotada.
Este anónimo, o dos "Himmlers", deve ser o mesmo que noutros comentários se refere aos "Goebbels". Deve saber do que fala, porque nunca assina as coisas que escreve, o que era, como se sabe, a marca d'água da propaganda nazi.
Ao contrário dos ministros e secretários de estado,(titulares de orgãos de soberania) os juízes são-no POR CARREIRA.
Estudaram, fizeram provas, e são avaliados.
Os Ministros não.Os juízes de facto não são iguais aos ministros.
Aliás, se atentarmos no próprio curriculum do Ministro Alberto Costa, vemos um episódio que seria suficiente em qualquer parte do mundo para o impedir de ascender a um cargo político, muito menos o de Ministro da Justiça.
Esse episódio ( que a meu ver tem o nome de tenativa de corrupção a um juiz)está hoje publicado no independente.
Hoje comecei o meu trabalho a respirar fundo, e a acreditar que talvez a nossa democracia ainda possa estrebuchar um bocadinho.
O será que o Sr.Eng (Sócrates)Sousa pensa de tudo isto?
Mais uma vez assim se demonstra o espírito pluralista e profundamente democrático deste governo. O ministro ainda não entendeu que este clima de "guerra" institucuinal que promove, e alimenta, contra os tribunais põe em causa a autoridade do Estado ? E que é urgente parar com isto ?
Fiquei na mesma sem entender nada! Afinal, o que se estão a defender são ou não interesses ,eramente corporativos? Isso, os meus anónimos não explicaram. O que eu queria saber é por que razão o poder judicial é um poder "diferente" dos outros poderes. E a isso, ninguém respondeu. Ou será que se entende aqui que "na quinta somos todos iguais, mas há uns mais iguais que outros"? Eu nunca tive alcavalas nos meus vencimentos, nunca recebi subsídios de renda de casa e a assistência médica foi sempre igual à de todos os outros. (Ah! e respondendo aí a um anónimo: apesar de não ter quaisquer dessas mordomias, também tive de fazer cursos e concursos de acesso e promoção!) Expliquem-me porque é que os senhores juizes, que não têm habilitações literárias superiores às minhas, que, podem (eventualmente) trabalhar tanto mas NUNCA mais do que eu, têm direito a essas regalias? É justo? Tenham paciência: os portugueses, de uma forma geral, não o acreditam. E, por isso, por mais que estrebuchem, protestem ou façam greves, não vamos acreditar nas suas razões. E, com isto, não estou a dar razão a TUDO que o governo de Sócrates esteja a fazer. Temos é de acreditar que tem que ser feita alguma coisa para trazer este país aos caminhos da razão e da justiça social, da paz e... daqui por muitos anos, ao progresso e bem estar social. O resto, mesmo andarem à procura de pecadilhos de ministros, só serve para buscar razões onde a razão não existe.
PS: se, no início do outro comentário afirmei que me arriscava a que me retirassem o meu comentário não foi por "maneirismo" ou pesporrância. Baseeei-me no que escreveu o autor do post no final: "Adenda: Aos meus caros colegas de blog, vocês que sabem tão bem mexer nestas engenhocas, saberão também aquilo que deverão retirar nos comentários a este post. Agradeço-lhes a ajuda e o tempo gasto. vlx". Entendeu senhor anónimo?
Resposta a FNV: Há blogs onde não é permitido colocar comentários anónimos. Desconhecia que neste, onde tal é permitido, era valorada negativamente a colocação de comentários não assinados. Desconhecia também, por nunca ter visto tal referência em algum dos livros que tenho lido sobre os estados totalitários, essa marca d'água da propaganda nazi. Quanto à insinuação «Deve saber do que fala», considero-a insultuosa. Para sua informação, se é que lhe interessa, os comentários a este post que se iniciam com «Este Acórdão já está no blog Verbo Jurídico», «Eles já tinham avisado que quem se metesse com eles levava» e «Apagar os comentários ?», são da minha autoria. Fiz também alguns comentários a outros «posts», relacionados nomeadamente com a liberdade de expressão, a democracia e em defesa de um princípio de interacção que se me parece impor na «blogosfera». É certo que as palavras valem o que valem e a sátira por vezes é mal compreendida, mas penso que mesmo que apenas medido por elas não merecia o insulto. Uma vez que V.Exa é um dos membros da tripulação deste «blog», outra solução não tenho senão a de saltar para terra e deixar este navio. Perdoem-me todos, passageiros anónimos ou «identificados», pela minha intromissão nesta vossa viagem. Shalom
Um clássico, este anónimo: insulta sob anonimato defendendo a liberdade de expressão ( !!!) e depois queixa-se quando lhe respondem. Adeus e boa viagem.
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