CALIGRAFIA: Que é como quem diz, a arte de escrever/pintar os zi. Não sou, decerto, nenhum Paul Claudel ou Victor Segalen, mas parece-me bem que o José Pacheco Pereira, no seu Abrupto ( quem me faz o link, qingwèn xièxie?), preste homenagem à caligrafia chinesa. A China da Tradição Central foi o único sítio onde o homem de letras enriqueceu. O domínio da caligrafia - 489.000* caracteres, mais coisa menos coisa, na época da restauração dos "grandes exames" por Zhu Yuanzhang - era coisa muito dura. Depois de anos de aprendizagem semi-familiar, os candidatos a mandarins ao serviço do Imperador eram encerrados um par de anos em celas individuais, nos edifícios preparados para o efeito nas capitais provinciais. Aos que conseguiam dominar a caligrafia e as subtilezas filosóficas das nove escolas ( jiua jia), herdadas do período dos Yiwen zhi ( Os Tratados das Letras) , esperava-os uma vida boa e folgada. Conquanto escrevessem as coisas certas, para o imperador certo, na altura certa...
Você não precisa de ser um Claudel para estar muito mal acompanhado neste blog. Eu só o tenho lido por causa de si, mas com todos estes grunhos que aqui escrevem vou desistir.
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