MELILLA E OS BÁRBAROS: O meu caro Pedro Picoito da Mão Invisívelpõe os bárbaros às portas da Europa. Penso que eles sempre cá estiveram. Já no século XX, estiveram em Sedan, batalha de uma guerra gizada nas chancelarias por príncipes e plebeus desocupados, nos campos da morte nazis, na Berlim comunista, nas balas na nuca disparadas pelas pistolas da ETA, em Sbrenica. Julgo que o problema se pode colocar de outra forma, e julgo que a generalização de Montesquieu ( escolhida por Hirschman para epígrafe de um dos seus livros) se adequa: "E é uma felicidade para os homens estar numa situação em que, mesmo que as paixões lhes inspirem o pensamento de ser maus, têm no entanto interesse em não o ser." Eles, os bárbaros do Pedro Picoito, entram por todos os poros na nova Europa ( é uma loucura pensar como "a velha Europa" um continente com 20 milhões de muçulmanos, aberta ao outro lado do Danúbio e implicada num pára-arranca da extinçãodas antigas fronteiras culturais); resta saber se temos ou não interesse em os ter cá. Mesmo que não os desejemos.
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