SUBITAMENTE CONSERVADOR E TRADICIONALISTA: Ele, Daniel Oliveira (!), no Eixo do Mal, indignado com a participação de Bárbara Guimarães na campanha de Carrilho: " Não é habitual os candidatos fazerem campanha acompanhados das mulheres". Ainda não percebi bem o encanitamento desta malta com a Bárbara. Eu prefiro-a na rua, em campanha, do que na SIC-N a entrevistar pessoas que leram livros, com aqueles trejeitos de marioneta indulgente que parece que está sempre a falar com/para retardados mentais.
Independentemente da ironia em volta do caso concreto da B. Guinmarães, acho espantosa a afirmação na origem do post. As mulheres dos candidatos são cidadãs de pleno direito e têm toda a liberdade para participar - ou não - nas campanhas dos maridos. Só faltava que um qualquer "intelectual" se arvorasse o direito de coarctar a livre intervenção cívica e política das cidadãs que são mulheres de candidatos autárquicos. Só mesmo do "Eixo do Mal" poderia sair uma posição tão "peregrina"...
Esse Daniel Oliveira não foi o mesmo que eu vi hoje numa acção de campanha do BE em Lisboa a dar indicações a um boneco do Carmona para se virar para o sítio onde estava a TV? Que malandreco! Vejam bem, até já sabe como se chega ao povo.
estando de acordo com tudo o que já foi dito no post, e no comentário anterior, resta me apenas acrescentar que : tenho a certeza que muitos dos candidatos ás variadissimas autarquicas se fazem acompanhar pelas suas respectivas esposas, em varias acções de campanha. Claro que nem todas as esposas têm o mesmo impacto visual, e a mesma profundidade mediatica que a Barbara...no entanto não vejo ninguem falar por exemplo na "Sô Dona Maria Gertudes" esposa do "Manuel dos Chouriços" candidato á Camara de Alguidares de Baixo ??? será verdadeiramente um problema dos Candidato de Lisboa ??? até pode ser considerada uma abordagem, por parte dos media, discriminatória para as restantes esposas !!!
Concordo, no geral, com a descrição das personagens feita no post. Quanto a quem faz campanha há matéria para rios de tinta, assim nos falte trabalho e sobre tempo.
Inevitavelmente li os comentários e fiquei a pensar se o comentador que usa, para com as mulheres dos 'outros candidatos', a classificação «coiros» será um homem impotente e misógino ou uma mulher estúpida e ressabiada; só não pode nem deve ser alguém relacionado com o ministério da justiça, tanta a ligeireza e a má fé com que se pronuncia e julga.
Cada candidato joga com o trunfo mais forte que consegue ter à mão. Pode ser um electro-doméstico, um chouriço, um passeio de helicóptero, ou a exibição da sua própria mulher. Está no seu pleníssimo direito. Pela nossoa parte, eleitores, algo saturados de expedientes saloios, resta-nos a prerrogativa de podermos criticar, livremente,tudo aquilo que nos desagrada. Entre os exemplos que citei, acima, não encontro grandes diferenças. Parece-me, sim, que Bárbara está, mais do que nunca, reduzida à triste condição de mero objecto de propaganda.
Sou um segurança do ministério, "am", pá! E, pronto, eu confesso: sou impotente e ressabiado, porque o que eu queria mesmo era que a Bárbara passasse pelo meu detector de metais.
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