A ESPIRAL DA COCA: Quem vende, a preços de finais dos anos 90, por quilo por dólar:
- 200kg de folhas de coca ( ± 1kg de pasta), produtor peruano: 200 USD - pasta, 2º produtor local : 350 USD - base, laboratório primário, colombiano : 500 USD - clorohidrato, exportador colombiano: 2500 USD - importador, Miami: 14.000 USD - revendedor, Nova Iorque, 30.000 USD.
Na rua e na prática, o preço deste quilo ainda sobe mais: os retalhistas, e depois os pequenos traficantes, acrescentam as suas margens de lucro, naturalmente. Por estranho que pareça, quanto mais apertado é o controlo policial da actividade do importador principal, mais caro ele vende, não afectando minimamente, antes pelo contrário, a posição do exportador colombiano. Se repararem bem na espiral de preços, são eles quem apresentam maior margem de lucro e não é por acaso. Na espiral de preços do ópio pasquitanês acontece a mesma coisa. Portugal, Espanha e Holanda são actualmente os "importadores de Miami" na Europa.
(Fonte: Conflicts, Drugs and Mafia Activities, Contribution to the preparatory work for the Hague Peace Conference, UNDOC, March 1999)
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