PRESIDENCIAIS: Face ao que Mário Soares anda a dizer, porque não resolver o assunto com um joguinho de Trivial? Pergunta, resposta, quem sabe, sabe; quem não sabe fica triste... uma coisinha desse género. Quem tivesse mais pontos ganhava. O ridículo é evidente. Sem cuidar de saber se o adversário (o segundo, porque o primeiro é Alegre) conhece os cantos dos Lusíadas, Soares tem colocado a questão presidencial no facto das pessoas saberem ou não de cultura, ou de isto ou de aquilo, o que é completamente redutor e obriga a que a Constituição seja revista: para se ser Presidente da República não é só necessário ter 35 anos: é absolutamente preciso conhecer os Lusíadas, saber o abecedário, eu sei lá o que mais?... Os títulos dos filmes da actriz X, o nome dos seus últimos maridos, o dos participantes da companhia nº não sei quantos, a que horas dá o Seinfeld (quem souber diga-me, porque eu perdi-me...) e quais são os jogadores da selecção nacional (não vale guarda???-redes). Tudo isto é de uma imbecilidade total e a procissão ainda vai no adro.
Para não esquecer e para que aprenda: em 1975, votou-se em liberdade, mesmo que tenha havido aqui e ali falta de legalidade (é possível). Prova disso é que, à excepção do PCP, ainda hoje os resultados daquela eleição se espelham mais ou menos nas eleições que temos passadas duas décadas. O PSD e o PS continuam a ser os partidos mais votados, com o PCP e o CDS, mais alguns pequenos partidos de extrema-esquerda a serem os partidos que impedem uma absoluta bi-polarização e que são representados minoritariamente no parlamento. É bom que saiba que já na altura os portugueses mostraram que sabiam votar e já na altura o centro político era o mais votado. Deduz-se portanto que foram eleições em liberdade. Outra coisa: com o 25 de Abril não acabou apenas a guerra colonial, acabou a polícia política e acabou sobretudo a censura. Ou seja, deu-se início à liberdade de expressão, como pode comprovar se tiver disponibilidade para ir a uma biblioteca pública (mesmo tendo em conta a linguagem loucamente marxista da época). É certo que a extrema-esquerda tentou contrariar isso, é certo que houve saneamentos, perseguições, pessoas que tiveram de se exilar, etc., etc., mas já se podia falar, já se podiam ver certos fimes, já se podia viajar, já se podia ir a comícios, não havia tortura oficial, etc., etc. Como diz FNV, o 25/4 é da liberdade, ou 25/11 da normalidade. Não perceber isto é ser cego.
Para não esquecer e para que aprenda: em 1975, votou-se em liberdade, mesmo que tenha havido aqui e ali falta de legalidade (é possível). Prova disso é que, à excepção do PCP, ainda hoje os resultados daquela eleição se espelham mais ou menos nas eleições que temos passadas duas décadas. O PSD e o PS continuam a ser os partidos mais votados, com o PCP e o CDS, mais alguns pequenos partidos de extrema-esquerda a serem os partidos que impedem uma absoluta bi-polarização e que são representados minoritariamente no parlamento. É bom que saiba que já na altura os portugueses mostraram que sabiam votar e já na altura o centro político era o mais votado. Deduz-se portanto que foram eleições em liberdade. Outra coisa: com o 25 de Abril não acabou apenas a guerra colonial, acabou a polícia política e acabou sobretudo a censura. Ou seja, deu-se início à liberdade de expressão, como pode comprovar se tiver disponibilidade para ir a uma biblioteca pública (mesmo tendo em conta a linguagem loucamente marxista da época). É certo que a extrema-esquerda tentou contrariar isso, é certo que houve saneamentos, perseguições, pessoas que tiveram de se exilar, etc., etc., mas já se podia falar, já se podiam ver certos fimes, já se podia viajar, já se podia ir a comícios, não havia tortura oficial, etc., etc. Como diz FNV, o 25/4 é da liberdade, ou 25/11 da normalidade. Não perceber isto é ser cego.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.