SE O RIDÍCULO MATASSE...: Começo a compreender melhor esta ânsia de Mário Soares em pretender debates a todo o custo: é que o homem a falar sozinho só diz disparates. Para começar, Mário Soares não percebeu ainda que o facto de vir apregoar contra Salazar, que morreu há quase quarenta anos, não tem actualmente o menor cabimento e só demonstra que tem pouco a exibir no presente e para o futuro. Com efeito, uma candidatura para 2006-2111 que se apresenta com o que fez na década de sessenta do século passado não é, seguramente, uma candidatura de futuro e com futuro.
Em segundo lugar, o facto de Mário Soares (devidamente coadjuvado pelos seus mais fervorosos adeptos) invariavelmente recorrer ao insulto não lhe traz credibilidade e antes evidencia o seu desespero. Poucos compreenderão que na sua campanha Soares acuse o outro candidato de ser plebeu, inculto, provinciano, nascido pobre e outras coisas mais com que tem tentado arrastar pela lama Cavaco Silva. Se é isso que Soares tem para dizer a favor da sua própria candidatura, continua a ser muito pouco e não atinge sequer o seu eleitorado.
Para finalizar, Soares não percebe o ridículo que é andar a apregoar que na Europa o escutam, que pode telefonar aos amigos (sempre esta mania socialista dos telefones...), a dirigentes que contam (para quê?...), que tem conhecimentos e relações. Soares não percebe que elogio em boca própria é vitupério. E, obviamente, fica sempre mal.
Muito interessante a alusão às fraudes do IFADAP. Se vai por aí ( Fundo Social Europeu, Caixa Económica Açoriana, etc...) ainda acaba no caso TDM/ Emaudio. Cuidado com a estrada, cruzado, nem sempre estarás bem acompanhado. E concordo consigo: a campanha de Soares arrasta-se com malaise, forçada, parece um velho buldogue em fim de carreira, arrastando atrás de si canitos excitados e de dentes afiados.
Será que só viste o ridículo de M. Soares? E o que dirás da triste figura de Cavaco, ontem?! Ah, é verdade: é preciso que eu esclareça: não sou soarista e o mais certo é ficar à espera de uma eventual 2ª volta para decidir se devo, ou não, votar...
Que saudades daquele dia em que o dentinho Cavaco foi ao dentista, para ser desvitalizado no garrafão da Ponte.
O Mário Soares, rata velha, em vez de o pôr na rua, deixou-o cair de podre. Um Governo Osteoporótico.
Na altura, o Peidas Lourido ainda só era Ministro (Pai, já sou ministro!...) mandava dar porrada em toda a gente, uma espécie de miguelista da Lusitânia retardada. Portugal fazia maratonas de cadeiras de rodas com a Grécia, para ver qual ficava com a cauda da Europa, o Grande Timoneiro ia sempre pendurado no estribo, ao lado do ex-maoísta e neo-oportunista Durão Barroso, aquela merda, um dia, descarrilou nas contra-curvas do IP-5, a ESTRADA ASSASSINA, -- até a Maria ia para lá andar de trenó, nos dias de grande humidade, "nunca senti nenhum perigo, havia só aquela emoção da montanha russa da Feira Popular, também só lá andei uma vez, ficava muito longe da Vivenda Mariani" --, já estamos na linha da frente, direita esquerda volver o PELOTÃO DA FRENTE, a patinar no Pulo do Lobo, o Soares raposão dava gargalhadas na Praia dos Tomates, o rei vai nu, "filho, os ossos do teu governo já só parecem uma filigrana...", as câmaras não largavam aquelas mandíbulas de retroescavadora, ao cair dos noticiários, já só enfardava fatias de bolo-rei, era Natal o ano inteiro, -- mas só para alguns -- NATAL, MAS SÓ PARA ALGUNS, "atão, professor, isto vai, ou não vai?..." "Não sei, não leio jornais, aliás, não leio mesmo nada..."
O desemprego galgava durão-socraticamente por ali acima, as gajas dos têxteis todas em casas de alterna, Setúbal na soleira da porta, a Agricultura vendida por tuta-e-meia, por um labrego com ar de merceeiro -- varreu-se-me o nome -- O Migâ Amâgàl a fantasmear empresas e a sacar fundos para a amigalhada, com a mulher fechada num gabinete do Ministério, para fingir que não estava louca -- se for dada como louca, não me posso divorciar, isola, isola, isola!... -- um outro, com ar de anémico, asquerozo, falava de reciclar os hemodializados, para aproveitar o alumínio, aliás, tudo o que metia sangue, neste Great Portuguese Disaster, acabava sempre mal, ai dos hemo deste mundo, que morrerão contaminados, reciclados, porque a palavra de ordem era a de SACAR, mas saudavelmente: Santana tratava da Cultura e a Ferreira Leite da Educação, o Coelhinho dentolas era Secretário de Estado da Ignorância-- licenciaturas prâ quê???... ---THE GREAT PORTUGUESE DISASTER parecia o Grande Funil dos Analfabetos, a galope para o fundo do cóccix europeu, e o outra mascava bolo-rei; a Maria -- burra com'às casas -- fazia tricot, uma mantinha para os dias de Inverno, que deus no-lo traga brando, -- roubada no avião, como rezava o Portas
-- (Grande voz nessa altura,VENHA ELE!...)
Querida, para si, o Mundo é uma manta e uma côdea, e o Taveira, por detrás, a enrabar, "--Srª Dª. Maria Cavaco Silva, que pensa das enrabadelas do arquitecto do Regime?... -- Eu não acredito nessas coisas; sexo, só para procriar, e a semente deixada em vaso próprio, e mesmo assim, com cautelinha, cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém..., mas deixe-me estar sossegada, que estou a ver um programinha do Carlos Cruz..
"Era tudo tão bom nesta altura, o dia começava pela manhã e acabava à noite, a hora era a mesma de Espanha, para se poder começar a especular e a dar golpadas na Bolsa mais cedo, ano terrível, de seca, mas com o sol a pôr-se grandiosamente nas dez horas do seu Verão prolongado, as vacas ainda não andavam loucas, e a própria sida levava seis meses a chegar ao sangue, tempo suficiente para escoar os lotes já comprados, o BCP surgia do nada e ainda não branqueava capitais, a Amália era viva, e viva aquela santa Lúcia que ainda tinha visto a Senhora; as gripes só constipavam as saloias, e NUNCA as galinhas, e as Amoreiras eram as Twin-Towers portuguesas, um pouco mais modestas, é certo, mas nós só governamos com o pilim de 3 orçamentos, o da Europa, o de Portugal, e o das Privatizações, construímos o Centro Cultural de Belém, um caixote, que custou, dez anos antes, o dobro do que iria custar a obra-prima do Guggenheim de Bilbao, e íamos para a Guerra do Golfo na carcaça Gil Eanes, um velho porão, à Solnado, de transportar sacos de batatas; os Americanos, quando viram aquilo, puseram-no logo num porto de retaguarda, não fosse afundar-se e bloquear o Golfo, coisa boa, o Ministro da Defesa, sucessor do pedófilo Eureco de Milo, a reserva moral do P.S.D., vice-rei do Norte, com primeira dama de honor o "Major" Valentim Loureiro, que distribuía, já não me lembro bem, se fogareiros, se micro-ondas (pelo nível, suponho que fossem fogareiros), o Ministro da Defesa, sucessor do Vice-Rei dos Putos -- um borra-botas cujo nome se me varreu --, quando descobriu que aquilo era mesmo sucata, foi para o largo dos Açores, tentar enfiar-lhe o cavername no fundo do Mar, com munições do tempo do Gungunhana, aquela merda estoirou toda fora do previsto, era Sua Excelência aos berros, PREGO A FUNDO!... que ainda apanhamos com algum estilhaço nos cornos!..., e apanharam, e não foram poucos, a raiva popular todos os dias lhes dava com estilhaços nos cornos, eram ministros das finanças atrás de ministros das finanças, com as contas públicas no mais vergonhoso descalabro, E o Cadilhe, e a pirosa casa do Cadilhe, nas Amoreiras, e o Borges de Macedo, parecia um pelicano, com a queixada a arrastar, e a Ferreira Leite posta na rua, porque já nessa altura trocava os zeros todos, era o PAÍS DOS ZEROS, dos zeros do Catroga, dos zeros do Lá Féria, dos zeros da Beleza e dos irmanastros, da Beleza velha, que dava golpadas na secretaria do Ministério da Saúde, dos zeros da Dona Branca, dos zeros do Pedro Caldeira, dos zeros dos poemas de um labrego que era deputado, e fazia rimas à Manel Alegre, mas ainda mais pobre, dos zeros dos putos sacados pela noite à Casa Pia, para visitarem Ministros e Embaixadores,
"-- Srª. Dª Maria Cavaco Silva, que pensa da Pedofilia?..." "-- Credo, que horror, graças a deus que essas coisas não "há-dem" haver nunca em Portugal!... Olhe, desculpe não lhe poder dar mais atenção, mas estou a ver este programa cultural do Sr. Nicolau Breyner..."
Dos zeros e da pobreza, apesar dos 3 orçamentos, mas como poderia haver orçamentos que resistissem, com tanta mão a ROUBAR!...
ERA SEMPRE NATAL, MAS SÓ PARA ALGUNS,
Foi-se à urnas e levaram duas carimbadelas de seguida "NÃO!...", nas Legislativas, e "NÃO!..." no Cavaco para Presidente, coitado, pensava que se branqueava em dez semanas de DEZ ANOS de imundície, pilhagem e regresso à barbárie. Nem dez anos, nem cem anos, filho!...
THE GREAT PORTUGUESE DISASTER!...
Foram todos votar na fraca figura do Sampaio, eram os comunas todos, defronte do Altis, com carrancas do Cavacão a fazer ão-ão,
"TIREM-ME DAQUI ESSES GIGANTONES!...",
vociferou o cavaleiro da fraca figura, e lá se foram todos, não fosse algum esclorosado de 2005 se lembrar de os ir buscar para restituir à vida, ou à paródia da vida.
Ó, Peidas, telefona ao teu pai a dizer que já és ministro!... Pai, já sou ministro, deixe a bomba de gasolina, e arranque essa placa infame: em Boliqueime já não há fossa, nem poço, nem rasto de poço: agora há fonte... e que fonte: Uma vera fonte de detritos sólidos...
Não poderia haver mais elucidativa expressão da forma de alguns fazerem campanha do que o extenso texto que aqui foi posto, em jeito de comentário. Agradeço-lhe a ajuda, eu não conseguiria fazê-lo.
Tem toda a razão, VLX: basta ir ao blogue que afixou aqui o comentário e ver o que é. O marcador de serviço, o Luis M.Jorge, é um belo sonso. Gosto de sonsos, soam só.
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