AS FÉRIAS JUDICIAIS DE 2006: É o que dá quando as coisas são feitas impensadamente e em cima do joelho: a enormidade produzida pelo Ministério da Justiça, que reduziu as férias judiciais de verão ao mês de Agosto e determinou que as pessoas ligadas ao meio judicial deveriam preferencialmente gozar as suas férias nessa altura, estampa-se na primeira curva.
Com efeito, ironicamente, a realidade do calendário veio de imediato demonstrar a evidência do disparate: constato que este ano o dia 1 de Agosto é uma terça-feira e o dia 31 de Agosto é quinta; o que quer dizer segunda, dia 31 de Julho, e sexta-feira, dia 1 de Setembro, os tribunais estarão a funcionar normalmente e os prazos a correr. Ora isto, num país em que as casas de férias são normalmente arrendadas de sábado a sábado, possibilita apenas três semanas no miolo do mês de Agosto para magistrados judiciais e do ministério público, funcionários judiciais e advogados gozarem as suas férias.
Embora trágico, não deixa de ser cómico que a realidade seja tão rápida a demonstrar ao Ministro a dimensão da asneira. Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?
É possível... A não ser que todos os tribunais deste país marquem audiências para esses dias 31 de Julho e 1 de Setembro, destruindo as férias e a vida a milhares de pessoas, em nome do Ministro.
Já agora, uma semana de ocupação a menos, naquela que é a maior indústria do país. Talvés seja a isto que chamam choque tecnológico. A tecnologia dos processos em detrimento do ócio (turismo)! Cumprimentos VLX GA
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