O MITO: Se há algo que ficou demonstrado nestas últimas eleições é que o eleitorado está farto do discurso "esquerda/direita, volver", preferindo que alguém se apresente como tecnocrata competente e profissional (independentemente de o ser ou não), e que prometa resolver os problemas económicos do país. A conversa do "candidato da direita", das "forças do bloqueio" e das grandes causas ideológicas, para além de retrógada e de apenas se circunscrever a meia dúzia de pessoas que lêem as crónicas nos jornais, já não pega. É preciso aparentar competência, seriedade e profissionalismo - já que as pessoas estão fartas de burros, aldrabões e incompetentes - e... prometer tudo o que for possível (o que, em Portugal, parece não colidir com a seriedade). Para além do eleitorado não querer "mais do mesmo", simultaneamente, sente-se frágil e desamparado e deseja ardentemente acreditar em algo. Sócrates e Cavaco perceberam bem este fenómeno e fizeram campanha em conformidade. Um ganhou com maioria absoluta, o outro ganhou à primeira. Para não haver mais desculpas.
Será que alguém sabe o que é esquerda e direita? No limite a esquerda tende para mais estado com muita protecção social e serviços fornecidos pelo estado( Saúde, Educação, Energia, Agua e nalguns casos Banca e Seguros) com a consequência de mais impostos. A direita tende para um estado pequeno apenas com serviços básicos( defesa e pouco mais) sendo assim possível reduzir os impostos ao mínimo.
O que diz é verdade, excepto que já ficou demonstrado, em vários pontos, após as autárquicas. Leia o que escreveu, reportado ao dia seguinte às autárquicas:
"Se há algo que ficou demonstrado nestas últimas eleições é que o eleitorado está farto do discurso "esquerda/direita, volver", preferindo que alguém se apresente como tecnocrata competente e profissional (independentemente de o ser ou não), e que prometa resolver os problemas económicos da autarquia."
Note que apenas substituí, no fim "do país" por "da autarquia"
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