TOLERÂNCIA DE ESQUERDA: Em plena conferência de imprensa, quando interpelado no sentido de precisar as suas declarações sobre a pouca participação do aparelho do seu partido na campanha eleitoral, o candidato não gostou. "Visivelmente zangado, deu um sermão ao jornalista, criticando aquilo que considerou serem perguntas redundantes ou mal-intencionadas. No fim, chamou o assessor de imprensa para uma conversa à parte. A mensagem pareceu clara. Horas depois, a seguir a um encontro com sindicalistas, confrontado com uma questão feita pelo mesmo jornalista, o candidato (...) tornaria manifesto o seu desagrado relativamente à insubordinação do repórter e recusaria responder-lhe." Não se trata de um relato da campanha do Marechal Carmona ou de M. Le Pen, mas sim da campanha de Mário Soares, tal como relatada no Público de hoje. Para além do comportamento do candidato, é de sublinhar o tom de fait-divers com que o episódio é relatado. Tudo se reconduz amigavelmente à bonomia do candidato, à sua natural e humana relação de amor-ódio com os jornalistas (se ódio existe, deve ser apenas de um dos lados...). Imagine-se esta mesma história com o crispado e intolerante Cavaco e qual o tratamento que lhe seria dispensado pela mesma imprensa.
O homem cospe nos jornalistas e eles gostam, meu caro Neptuno. Não viste o que ele disse da SIC? E a SIC mandou para um qualquer jantar de Soares um jornalista (pobre desgraçado) pedir-lhe comentários em directo, jornalista esse que levou logo uma sarabanda e foi completamente enxovalhado e enxotado por Mário Soares (e com ele a própria SIC). A cena metia dó mas a única conclusão é que realmente eles gostam de ser maltratados por Soares. Que lhes faça bom proveito.
soares foi e é um politico arrogante que a comunicação social sempre tratou com luvas de veludo. Talvez seja o parasita que melhor lidou com os portugueses. É o que maior proveito teve da politica. Coisa que se olhar-mos o passado do bando soarista, contactamos que todos enriqueceram e estão bem na vida.
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