GUERRA: Julgo que é D. João II que é normalmente citado quando se afirma que para ganhar a paz temos de nos preparar para a guerra. Nesse contexto, desde o 9/11 que a civilização ocidental deveria ter percebido que tem, de facto, um inimigo, que esse inimigo é o fundamentalismo islâmico e que a guerra começou naquela data. Não significa isto que se deva começar a "bombardear" indiscriminadamente o "inimigo", mas sim demonstrar firmeza e convicção no que se defende e preparar qualquer eventualidade. A última coisa que se precisa é de sabujice politicamente correcta e auto-induzidos complexos de culpa. Com a vitória do Hamas na Palestina, tenho lido (às dezenas) as alusões à vitória eleitoral de Hitler na Alemanha. No entanto, a reacção da Europa aos ataques às representações diplomáticas da Dinamarca e aos tumultos ocorridos na própria Europa, lembram-me outras personagens contemporâneas de Hitler: Chamberlain e Churchill. A história registou o primeiro como um fraco, que se humilhou perante o ditador alemão, pactuando pela passividade com os sucessivos acordos violados por aquele - que lhe permitiram armar o maior e melhor exército da época - até se chegar à situação de guerra. O segundo, que enquanto na oposição a Chamberlain era acusado de alarmista e belicista - nos seus constantes apelos sobre a necessidade de enfrentar o perigo nazi - ficou na história pela firmeza e liderança que demonstrou na forma implacável como fez frente a Hitler. Ignorar a guerra que já começou é meio caminho andado para a tornar inevitável.
Querem ainda mais guerra? Não chega o que já há? Parece que quem viu a Palestina de perto não se admira que o Hamas tenha ganho. O melhor é arrasar o continente de vez não? Ah, pois é, diz que há lá umas partes com petróleo.
Desculpem a invasão da caixa de comentários a ESTE post, que não é o visado. Mas, et pour cause...já agora, é notável, esta de bloquear os comentários aos posts (qd. convém). Que me parece uma pura contradição em relação aos putativos desígnios de quem produz um blogue... O que será isto?! Ora vejamos...1-Modéstia? Género: isto é só um apontamento avulso, não pretende ter a consistência dos outros posts? Não vale um comment? Poderia...Mas não é, a avaliar pela amostra. Então o que será? 2- Um convite para desparecermos (posto que não podemos comentar)? Estratégia suicida: cada vez que o blogue abrisse com o FNV a dar jogo, partíamos todos logo para melhor prédica. (NB: estratégia a considerar) 3-Ou será antes um estranho fenómeno de autoritarismo, género: tomem lá e embrulhem, isto é A verdade e como tal incontestável? Hummm...sim, é definitivamente um caso de liderança pela força, está visto! Bolas, que ego monumental!!! E. já que vem a talho de foice (e martelo)...quanto mau gosto nessas ideias e representações sobre a mulher! Muito, muito chunga. Mas cada um sabe o que conhece, e a mais não é(?) obrigado...
Uma das coisas mais tristes do nosso tempo é "a pova" não ter a mais pequena ideia do que foi a tragédia do sec.xx, com o seu rol de autoritarismos violentos e redutores da condição humana. Do Japão imperialista à Albania de Hosha a lista é imensa, passando pelos "carimbados" do costume da Europa Central e de Leste de meados do Século. Ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos quando me lembro daqueles jovens ingleses que morreram nos céus do canal ("Nunca devemos tanto a tão poucos") e daqueles parolos do "midwest" que atravessaram um oceano, para defender uns "primos" afastados que se calhar não os mereciam, ficaram reduzidos a uma cruzinha branca, de vaga memória, num prado da Normandia. Toda esta rapaziada podia ter ficado egoisticamente em casa, podia ter-se manifestado contra a "globalização", contra a guerra, ou outra banalidade qualquer. Podiam ter criado um mundo diferente vislumbrado por alguns escritos ("Fatherland", de Robert Harris). Os espiritos (ou as almas ou outra coisa qualquer) desta gente paira sobre a nossa civilização. Morreram pela nossa liberdade, pelos nossos blogs, e só foi no tempo dos nossos avós.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.