VAMOS LÁ SER SINCEROS: Temos de compreender que o mundo muçulmano ande um pouco confuso com o ocidental. Quando o embaixador do Irão é chamado ao MNE português para ser repreendido pelo respectivo Ministro e levar um valente puxão de orelhas por ter elogiado as palavras do Ministro como boas e lógicas, é perfeitamente natural que o pobre homem regresse à sua embaixada a pensar que nós somos todos doidos por colocar no MNE um Ministro que não gosta que o louvem pelo que diz. Que o dito Ministro não goste que lhe gabem o que disse, eu compreendo perfeitamente porque acredito que em todas as mentes se pode fazer luz, mais tarde ou mais cedo. Mas imagino que deva ser caso único na diplomacia mundial um embaixador ser repreendido logo após ter elogiado abundantemente um discurso do Ministro dos NE do país onde está a exercer funções. O embaixador iraniano deve estar na embaixada estupefacto e furioso, a esfregar as vermelhas e doridas orelhas e a pensar que uma situação destas mereceria, no mínimo, um punhado de bombinhas de mau cheiro. Aditamento e correcção: por favor, onde se lê "puxão de orelhas por ter elogiado as palavras do Ministro" passe-se a ler "puxão de orelhas depois de ter elogiado as palavras do Ministro". Não muda muito o sentido e vai dar no mesmo mas parece que é mais rigoroso. Obrigado PC.
Quanto tempo vai o nosso Freitas durar à frente do MNE? Aceitam-se apostas.
E porque precisará ele tanto de estar sempre a jogo?
A falta de sentido de gestão de carreira invadiu os topos da política portuguesa. Antigamente, tinha outro nome: era uma questão de simples bom senso. Ou de saber sair a tempo.
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