JORNALISMO DE CAUSAS: Já o conhecemos de outras paragens, mas este ano, no futebol, ele anda hiperactivo. Se o SLB é afastado da Taça por um lance de voleibol, ou não se menciona o assunto ( como refere o Paulo Pinto de Mascarenhas no wwwoacidental.blogspot.com) ou tal não é considerado relevante. Se o SLB ganha, pese embora o adversário poder queixar-se de um golo eventualmente ( nenhuma câmara de TV estava na linha portanto ninguém pode ter a certeza) mal anulado, o assunto é chamado para título ou sub-título da crónica. O que é interessante é que isto ocorre em jornais não desportivos. Ora, uma vez que os jornalistas que assinam essa páginas não são geneticamente diferentes dos seus colegas da secção de política ou de sociedade, a conclusão a tirar é previsivelmente desoladora. Dito isto, convem afirmar que, ao contrário dos delirantes, não julgo que tal afecte minimamente o desempenho desportivo do SLB. Não considero que exista uma campanha difamatória nem outras patacoadas do género. É apenas a constatação de uma realidade: os jornalistas não despem as camisolas clubísticas ( veja-se o caso de A Bola, que transformou no orgão oficial de Luis Filipe Vieira) como não despem as outras. A única coisa relevante é assinalar que uma boa fatia da população ainda acredita no mito da "isenção jornalística", essa anedota sublime.
de causas ? e qual é a causa, Filipe, ou o desígnio como dizem os partidários tontos da esquerda moderna se é o sporting, terminou com a primavera marcelista, se é o porto, quanto muito, um pequeno issue para seres um admirado benfiquista falta-te um pouco de mourinho ;)
Gosto de te ver regressar ao futebol, a única maneira de nós os não-intelectuais te podermos entender devidamente.
Em relação aos jornalistas desportivos gostaria de fazer outra análise. Creio ser um mau hábito duvidar da isenção deles. Assim como dos psicólogos, médicos, engenheiros ... O que estes últimos 30 anos de jornalismo desportivo me sugerem(depois daqueles saudosos tempos de Abola escrita em excelente português e que espalhou um pouco de cultura pelo mundo luso) mas dizia o que o jornalismo desportivo me evoca é o que acontece em qualquer sociedade fechada (faculdade, maçonaria, tertúlia de café) em que os elementos se seleccionam a eles próprios. Os vícios acentuam-se geração após geração, a falta de qualidade faz escola e torna-se quase o objectivo último.Copia-se o que vende e cada vez pior. Sobretudo desobrigam-se de pensar. Não será pois desonestidade, parcialidade como tu maldosamente insinuas, mas tão só uma inocente e auto-mantida mediocridade. Seja ela oral ou epistolar.
Senão qualquer dia começa-se a pensar que os únicos tipos honestos, imparciais, dedicados e com causas a defender são os políticos!
Abibir ( Luís): não "insinuo maldosamente parcialidade", declaro compreender como inevitável a parcialidade. O problema está na descrição do campo jornalístico, não no opinativo ( aí o Horácio até tem uma certa razão). A descrição de um jogo é equivalente à descrição de uma manif, ainda que organizada por gente de quem o jornalista não se sente próximo: tem o direito a dizer que ela não existiu?
PS: um Prof. Dr. a arvorar-se em "não-intelectual"? Resquícios marxistas-orgãnicos, Luís, eheheh...
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