OS FAZEDORES DO ESPECTÁCULO: Já se sabe que o Público detesta o Benfica, mas é obra conseguir pontuar melhor uma equipa que só destruiu jogo durante 90 minutos do que outra que durante esse período só tentou marcar golos.
É tudo uma questão de gestão de expectativas, presumo eu. Depois da prestação em Anfield Road, uma vitória gorda sobre a Naval seria o mínimo que se poderia esperar do glorioso. Já a Naval ter conseguido empatar na Luz é um resultado extraordinário. No fundo, o Público está apenas a incentivar os galácticos da luz.
Mas ao contrário de ontem, o jornalista do Público que assina o texto (tal como a maioria dos portugueses, aliás) não tinha então quaisquer razões para acreditar que o ésseélebê pudesse derrotar segunda vez os devils (e logo com dois secos). A expectativa de que tal resultado viesse a acontecer devia ser mais ou menos a mesma que a de ver a Naval vencer ontem na Luz: tão baixa que um empate é quase desonroso para os jogadores da casa.
Pois é... A diferença está no ponto conquistado pelos visitantes em sobreposição aos não-sei-quantos-meios-golos e aos outros-tantos-quase-golos. É que a Liga de Futebol não é uma prova de pontuação artística, como a dança ou a patinagem. É o resultado duma competição ganha pela soma aritmética do número de vitórias, empates e derrotas. Não contam as vitórias ou derrotas morais. E o que resulta do jogo de ontem são 7 ponto de diferença para o FCP e 5 para o SCP.
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