POLINICES MORREU OUTRA VEZ: Desta vez na Figueira da Foz, sob condição feminina. Deu à costa, faz agora em Maio um ano, uma mulher "de origem asiática na casa dos 20", disseram as autoridades. Segundo a imprensa ( Diário As Beiras de hoje), dado que ninguém, absolutamente ninguém, reclamou o cadáver, o Gabinete Médico-Legal da Figueira da Foz inumou-o na semana passada. Os regulamentos dos cemitérios interditam a prática de actos que ofendam o sentimento de reverência dos vivos para com os mortos. O artigo nº3 do Regulamento do cemitério da freguesia de Gavião, Famalicão, até classifica as sepulturas em temporárias e perpétuas. Em regra, as covas devem ter uma profundidade mínima compreendida entre os 100 e os 130 cm, excepto para os casos de crianças e fetos mortos. A nossa Polinices, exactamente asiática e anónima, teve menos sorte do que os golfinhos mortos que dão à costa e têm honras de telejornais e associações ambientalistas. Eu te reclamo, em formato web, à tua cova que ignoro se perpétua ou temporária. Por uma vez, à piedade presto culto.
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