ACTO FALHADO: A revista Pública traz hoje uma reportagem com vários psicanalistas portugueses, a propósito da comemoração dos 150 anos do nascimento de Freud. O Carlos Amaral Dias ( CAD) não mereceu a distinção de ser citado, embora esteja certo que ele não se importou nada com isso. Seja como for, o simbolismo da data e a extensão do dossiê da Pública obrigariam à inclusão do seu depoimento. Independentemente de com ele ter muitas diferenças de opinião acerca de inúmeras e variadas questões - não muito debatidas porque hoje vejo-o pouco mas vou lendo e ouvindo o que ele pensa - sempre reconheci ao CAD duas qualidades raras num psi: a abertura a outras formas de conhecimento e uma inesgotável curiosidade. Entre outros méritos, isto levou a que ele seja o melhor divulgador português da psicanálise. Porque a ele me ligam antiquíssimos laços de amizade ( declaração de interesses feita), o reconhecimento daquelas qualidades fez-se muitas vezes fora do plano da colaboração institucional ( que ainda hoje mantemos) . Talvez isso me tolde o olhar, mas decerto não fragiliza o julgamento que faço. Antes pelo contrário.
Se não está na PÚBLICA estará na revista do Expresso (que também dedicou o último número quase na totalidade aos 150 anos do nascimento do Freud), porque li uma entrevista com ele no fim de semana. A reportagem do Expresso estava bastante consistente porque focava as relações da psicanálise com o cinema, teatro, dança, literatura, etc, em Portugal e no estrangeiro
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