DA RÚSSIA, COM AMOR: Depois de Smolensk, Napoleão chega a Gjastk. As coisas não andavam depressa e Napoleão, fazendo fé em Tarlé, arranja tempo para escrever a Maria Luísa: "Há dezanove anos que faço a guerra e dei muitas batalhas e fiz muitos cercos na Europa, Ásia e África. Abreviarei esta guerra para te voltar a ver bem depressa." Se fosse hoje, esta carta provocaria um tumulto. Mas vendo bem as coisas, hoje ninguém abreviaria uma guerra para voltar a ver a amada.
É uma forma muito bonita de falar do fim do amor romântico. Devíamos pensar muito mais nisto, ou então permitirmo-nos amar (amar perdidamente)e eventualmente morrer de amor, nascer por amor, correr por amor, apanhar comboios por amor, abreviar "guerras" para correr para os braços de alguém... e não sentir que isto nos torna fracos. Na verdade, tornar-nos-ía mais doces.
Continuo a ver romantismo no texto, embora não tenha sido essa a intenção. A intenção do autor não tem, muitas vezes, relação com o que cada um daí tira. De qualquer forma, não acho que exista nada de terrível no romantismo. Eu é que me devo desculpar porque me parece que o meu desabafo ultra-romântico se revelou amargo. :) Parabéns pelo blog.
Serei ou prática ou romântica. Só que a primeira torna-me sarcástica e eu queria ser doce. Confusões dos 24. A razão também pode ser romântica e o sarcasmo doce. Or so I think.
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