OS RAPAZES DA MARATONA: Segundo o Público, a psicóloga chamada para ajudar o tribunal a entender o comportamento dos rapazes explicou que os rapazes "talvez não tivessem atacado Gisberta se tivessem actividades desportivas e recreativas". O que é fascinante nos psis é que eles explicam-nos o mundo como se o tivessem criado.
Até aceito que a frase assim isolada, reportando-se a um caso escabroso como este, possa ser ridícula. Acredito que não, que estava inserida num contexto, ou assim consigo imaginar: "como são possíveis comportamentos agressivos (não sei o termo correspondente para "bullying"), que rapidamente evoluem para o sadismo mais brutal e assassino?"
Não se trata, do meu ponto de vista, de desculpabilizar os "jovens", seja pela sua idade, seja pela sua situação, porque é claro que estes comportamentos são conscientes e seus autores sabem que são actos condenáveis.
É por existirem factores sociais e psicológicos que favorecem a expressão desses comportamentos que "a Sociedade" não pode eximir-se a uma reflexão autocritica e proceder de modo a evitar a repetição de novos casos. E aí chegamos ao ponto em que a psicóloga se refere à importância das actividades desportivas e recreativas. Como poderia ter dito muitas outras coisas (e se calhar disse).
Não é o espaço da caixa de comentários espaço próprio para longas dissertações, nem sou pessoa habilitada para tanto, mas pelo apreço que tenho ao blog e ao assunto, fica esta achega ao debate.
Até aceito que a frase assim isolada, reportando-se a um caso escabroso como este, possa ser ridícula. Acredito que não, que estava inserida num contexto, ou assim consigo imaginar: "como são possíveis comportamentos agressivos (não sei o termo correspondente para "bullying"), que rapidamente evoluem para o sadismo mais brutal e assassino?"
Não se trata, do meu ponto de vista, de desculpabilizar os "jovens", seja pela sua idade, seja pela sua situação, porque é claro que estes comportamentos são conscientes e seus autores sabem que são actos condenáveis.
É por existirem factores sociais e psicológicos que favorecem a expressão desses comportamentos que "a Sociedade" não pode eximir-se a uma reflexão autocritica e proceder de modo a evitar a repetição de novos casos. E aí chegamos ao ponto em que a psicóloga se refere à importância das actividades desportivas e recreativas. Como poderia ter dito muitas outras coisas (e se calhar disse).
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Caro Pepe , Claro que retirei a frase do contexto. É merecido. Mas sabe, isto vem de trás: já há coisa de duas semanas aqui afixei uma pequena nota sobre o assunto. Nessa altura, o mesmo jornal dizia que uma psicóloga ia explicar ao tribunal as motivações que levaram os rapazes a, eventualmente, cometer os crimes. Nessa altura, se a jornalista não inventou, a tese era a da "febre colectiva".
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