CIÊNCIA E RELIGIÃO: O único programa de televisão que odeio, se assim posso dizer, visceralmente, é o ominoso Dr. House. Hoje aproveitei-o para ir desconversar com um amigo num bar da Alta. Chego a casa e dizem-me: "Foi o melhor Dr. House de sempre. Bateu-se contra Deus - e deu empate: 3-3". Não me admiro. A paciência divina também tem limites.
Ó Teresa, e o Maigret? Tanto nos livros como na TV ( Jean Richard, não era?), petiscando andouilletes e brandades. Uma vez perguntaram ao Simenon ( que foi renovando o parque feminil ao longo da vida) qual o seu ideal de mulher e ele respondeu: "A Madame Maigret".
É a minha série favorita entre as que passam na TV actualmente. Mas compreendo. Comigo passa-se o mesmo com as "Donas de casa desesperadas", e no entanto é um sucesso, mesmo entre aqueles cuja opinião eu prezo.
Teresa: visceralmente é, aqui, duplamente apropriado :). Gosto do noir como patologia (social), não como rotina quotidiana de um médico. Acresce que sou hipocondríaco. Lesmex: a única similaridade que vejo entre o Dr. House e a minha humilde pessoa é o facto de ambos, em certo período das nossas vidas, termos utilizado bengalas. Há também o fascínio pela doença, mas aí na óptica dos lugares inversos: quanto mais uma doença me perturba, menos quero saber acerca dela.;)
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