BUDAPESTE: Há cinquenta anos, a população húngara tentou livrar-se do jugo totalitário comunista e instituir um regime parlamentar democrático. O movimento foi literalmente esmagado pelos tanques da União Soviética, desse modo ilustrando uma vez a velha máxima do Pacto de Varsóvia de que a força faz a união. Ainda existem partidos hoje em dia e com representação parlamentar que nunca condenaram a tirania soviética - porque a admiram - e nem mesmo as atrocidades de Estaline. Preferem beber umas taças de champanhe em honra do povo amigo (ainda que esfomeado) da Coreia do Norte e solidarizar-se com a sua resistência aos avanços imperialistas naquela região do globo. É gente que vive emboscada na democracia à espera que anoiteça.
Não é a "esquerda-caviar", é o PCP. O aborrecido é vê-los dar lições de democracia às portas das fábricas e nos jornais e depois escreverem textos ( como os do Avante, que o Daniel Oliveira expõe, criticando) laudatórios de uma monarquia sanguinária. Foi sempre assim.
A Hungria mostrou uma elevada maturidade política. Podemos discutir a forma, mas não o conteúdo. Os húngaros não se conformam ao contrário de outros povos. E é este sentido democrático, esta exigência, que temos de ganhar ainda. Nós e muitos outros!
Quanto à Coreia do Norte, Cuba, Irão e outros regimes totalitários, percebe-se que haja quem os defenda. De facto, só nesses regimes é que esses iluminados poderiam brilhar. É o chamado "iluminismo da nomenclatura", uma dávida despojada de interesse maior do que a causa social que alguns missionários teimam em pregar. Felizmente eu não sou crente!
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