JOGOS ASIÁTICOS: A bomba norte-coreana não parece incomodar muita gente, talvez porque ninguém acredita que uns tipos tão afastados - no tempo e no espaço - "nos" possam fazer mal. Não será bem assim. Mark Fitzpatrick, na Prospect deste mês, assina um artigo ( "After the Bomb") no qual explica ser impossível os coreanos atingir qualquer outro país que não os seus vizinhos do Sul: os sistemas de detecção de todos os outros países impediriam um ataque. Esta hipótese - agredir o vizinho -, a concretizar-se, seria obviamente catastrófica. Outra possibilidade é a venda de material coreano a bandos mal intencionados. O urânio gaseificado que a Líbia comprou em 2001, à rede de Khan, era de origem norte-coreana. Hans Blix, no www.yaleglobal.com, sugere efeitos geopolíticos preocupantes, sobretudo o aumento da tensão entre a China e o Japão se estes sentirem pressionados a desenvolverem, também eles, programas nucleares de natureza bélica ( ignorando o guarda-chuva americano. Blix diferencia o caso coreano da situação iraniana: os primeiros já têm, os segundos só daqui a 5 ou 6 anos. Tudo isto significa que a estratégia negocial a seguir para com Pyongyang está armadilhada: estamos condenado a reagir, apenas.
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