LION SAFETY MATCHES: O Conde de Ficalho narra, em 1888, um episódio que lhe foi transmitido pelo seu primo, o 3º Conde de Mafra, e passado nas margens do Incomati, em Moçambique. O Conde pediu lume a um cafre e esperou que este se pusesse a esfregar pauzinhos. Para espanto do Conde, o negro saca de dentro de uma bolsinha de pele de antílope uma caixa de phosphoros amorphos marca "Lion Safety Matches". O ponto do Conde de Ficalho é ilustrar o mal português: "não há nada de mais irritante, de mais discordantemente vulgar do que uma lambuzadela de verniz civilizacional". Anos mais tarde, em 1936, Brito Camacho escrevia no seu "Política Colonial" que temos de "civilizar " ( os pretos), o que significa criar necessidades, mas procedendo assim o branco cercearia os seus lucros de exploração, que em muitos casos é mais do homem do que da terra. A ironia do nome da marca dos fósforos ( Lion Safety ) em terra de predadores é atraente, mas a justaposição dos dois ( Ficalho e Brito Camacho) ainda é mais: um é aristocrata e pessimista, o outro é empreendedor e visonário.
Filipe, És um fenómeno !!! Assumiste a tua condição de vanguardista intelectual. Publicas coisas 2 dias no futuro. Queres um conselho de amigo? Não tenhas pressa de ir à frente do tempo. Tenta ganhar algum recuo.... Nuno P.S. - Vou ver se consigo corrigir esta bizarria
Já corrigi. Ainda que, lendo com atenção o texto, a questão da data é menor. O tema e a forma tornam o post verdadeiramente intemporal. Abraços do presente para o homem do futuro, Nuno P.S. - Vê comentário bem-humorado do Jorge Ferreira no "Tomar Partido"
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