MAIS PROFILAXIA SOCIAL: da D. Virginia Castro Almeida, no seu manual "Como devo governar a minha casa", Livraria Clássica de Lisboa, 1924, página 112:
"Se a mulher tem o dever de apparecer ao seu marido bem arranjada, asseiada e fresca, tem do mesmo modo o dever de lhe apresentar sempre uma alma serna e transparente. É preciso abolir as leituras enervantes que perturbam, que trazem ao espírito aspirações irrealizaveis, nostalgias morbidas, vagas sensações inexplicaveis e perigosas. Lembramos a conveniência de leituras de arte; não de arte profunda, transcedente, que absorva e preoccupe exaggeradamente a leitora. O conhecimento ligeiro do desenvolvimento da arte, o bastante para sentir o frottement superficial que dá à mulher o sentimento do que deve dizer e do que deve fazer, do modo como deve arranjar a sua casa ( ...)."
Hoje, com com revistas femininas que trazem todas as semanas "novas receitas para o deixar louco na cama", deve ser difícil ficar pelo frottement superficial.
«Com mulheres não sabe o homem como se à de haver; se não as ama, tem-no por néscio; se as ama, por leviano; se as deixa, por cobarde; se as segue, por perdido; se as serve, não o estimam; se não as serve, o aborrecem; se as quer, não o querem; se não as quer, o perseguem; se as frequentam é mais que louco; se não as frequenta, é menos que homem.»
in Adágios, Provérbios, Rifaõs, e Anexins da Língua Portugueza (?) por F.R.I.E.L. Lisboa: Na Typographia Rollandiana. Nova Edição; 1841. p. 141
Não sei se o teu post é de nostalgia ou de condenação. Olha que só sou responsável por te introduzir ao suave frottement do Henrique Galvão. Nessa altura não estavam incluidas nos "big five"...
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