PRISÕES: Se o casamento é uma escola de carácter, quem se casou por esse motivo deveria ter-se matriculado noutra escola qualquer ( Kierkegaard). Todos os compromissos são uma escolha do acaso: o cão vagabundo que um dia segue um homem e encontra uma casa, o psicopata que se deixa prender pela forma da sobrancelha da estudante. Aprender o acaso é tão fútil quanto prender o fado.
Profundo e sábio. Acrescentava só que a escolha, embora dependendo do acaso, continua a ter livre arbítrio. Se puderes dá uma saltada à minha tasca. Arrisquei-me a falar do referendo. Sei que tens mais bagagem para abordar o tema. O teu comentário será precioso. Abraço
DF.Pode ser chamar-me assim. Vou responder-lhe com o meu ultimo post. Sorry!
ANTÍTESES
"Prazer cuja intensidade de pode medir pela antítese. A angústia, a ausência, a saudade...", esta é uma frase de referência de um livro que tive o prazer de ler, que tenho repetido imensas vezes e em contextos diferentes.
Foi escrita por alguém que, pela sua actividade política, social e, deduzo, pessoal, soube muito bem o que escreveu. Aquela frase só pode ter sido escrita por ter sido sentida e saído das entranhas do autor.
Ninguém, num conto aparentemente banal, mas muitíssimo bem enredado, escreveria algo tão perfeito se o não tivesse sentido. O autor que me perdoe, mas ele abaixo assinou a obra e é de um extracto dela eu parto para mais uma viagem aos meus confins.
Nem sempre o que nos faz bem e é saudável é o que mais nos atrai. Bem ao contrário, parece que somos levados numa senda de masoquismo e mistério que nos fascina e seduz. Eu sou assim. Amo o desafio e tudo aquilo que não entendo, porque não posso, mas quero... outras vezes porque posso mas não devo querer...
Detesto chegar ao fim de um qualquer enredo envolvente,seja de um livro ou de um filme, é como ter o corpo em extase, sentir o prazer no limite do orgasmo, a ânsia e o desejo que ele não aconteça, ao memo tempo deixando a pele e os sentidos obedecerem... eis que acontece... é soberbo, bom demais, está a ser... e qualquer coisa estranha à fêmea que assim o sente, lhe põe termo e o corpo permanece em descompressão, frustrado, pelo fim sempre prematuro (nem que durasse mil anos!!!), mas cioso de mais e mais...
Bem, é assim que eu sinto. Daí o fascínio por sociedades secretas e pelo lado oculto de cada um de nós. Sim porque todos o temos. Agora que reafirmei o meu antigo desejo de ser um entre tantos outros seres, adoro olhar para os rostos com que me cruzo e imaginar, em face da expressividade, o que por ali se esconde.
Quanto a sociedades secretas, parece que cada vez menos o são, mas estou em crer que é um mero exercício de retórica ou gramática publicitária para aumentar o misticismo. Por exemplo a Maçonaria.
Numa pesquisa simples apurei: "A Maçonaria é, em termos gerais, uma associação de homens livres e de bons costumes cultivando entre si o princípio da fraternidade. É uma organização discreta e define-se como filosófica, filantrópica e educativa. Os seus rituais praticam-se em segredo, transmitindo-os apenas aos seus membros iniciados, razão de alguma curiosidade ou controvérsia.". Fiquei poco satisfeita com a definição, mas entusiasmada pelo caminho de busca e pesquisa que vou encetar, para saber mais e melhor... sem nunca desmistificar, claro... perdia a graça.
Com as pessoas que me rodeiam também sou assim,acho muito interessante a aproximação, o conhecimento socialmente correcto, o que vem a seguir que nos faz ir além do conhecido, mas não ir muito mais além... tenho que manter entusiasmo para não as perder de vista nem do coração. São essas que me trazem imensas saudades, mesmo que por vezes aparentemente me tenham feito ou façam mal, numa acepção mais sociológica ou psicológica do termo.
Tenho mais antíteses e outras figuras de estilo que fazem que cada um dos meus dias seja vivido com expectativa e esperança. Dessas irei escrevendo, não posso dizer tudo de uma vez.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.
