A DIFÍCIL ARTE DA OPOSIÇÃO A MEIO DE UM CICLO ELEITORAL: Os portugueses que ouvem Marques Mendes estão perplexos: "as mudanças na saúde são pontuais, na educação não mexem na estrutura e na segurança social deixam tudo na mesma ". Doentes, professores e pensionistas desejariam alguém que os defendesse das " reformas ", mas em vez disso têm quem as nega.
Na área que melhor conheço, a do medicamento, as reformas são nenhumas. A não ser que se considere a redução de preços e de comparticipações e a abertura de umas quantas parafarmácias como reformas.
Nos outros sectores, reformas com princípio meio e fim, obedecendo a um plano bem definido e procurando objectivos concretos, também não vejo.
Apenas peguei no discurso de pensionistas, professores doentes. Uma reforma não tem necessariamente de ser boa. Agora, ter sectores sociais a berrarem que se está a mexer na estrutura de serviços essenciais e ter um líder da oposição a dizer que não, parece-me bizarro.
No que à oposição diz respeito e sobretudo ao MM estou de acordo. Também creio que não existe uma reforma na saúde. Primeiro era apenas uma leve suspeita que se foi sustentando no tempo. No momento será mais apropriado talvez falar em autentica revolução (já que contra-revolução é um termo demasiado conotado e agressivo).Resta tentar prever quem serão, no futuro, os parceiros para a detectável privatização indiscriminada da saúde? Eleitores de Sócrates ou de MM? Já estarão a convidar gestores? Futuros ex-ministros? Interessará a alguém nessa altura saber se eram de Sócrates ou de MM?
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