" A FRONTEIRA INVISÍVEL DO ISLÃO ": A expressão é da autoria de Haroon Moghul. Não têm Israel como vizinho e estão sob a pata de um regime comunista desde 1949, por isso nunca tiveram a simpatia da solidária e empenhada esquerda europeia. Falo dos muçulmanos do Turquistão Oriental, que a China baptizou de Xinjiang ( ou Sinkiang). Este território, 1/6 da área da China, maioritariamente habitado pelo povo Uighur, tem recebido os correctivos adequados: colonatos forçados ( de forma a diminuir a prevalência da população muçulmana) , ensaios de armas nucleares ( já foram 44), mesquitas destruídas ( perto de 29.000) , recusa de acesso ao sistema de ensino ( criando uma população local iletrada e condenada ao desemprego) , entre outras amabilidades. Por que motivo não ouvimos falar deles nos anos 60, 70, 80 e 90? Pelo de sempre: a selectiva capacidade de indignação dos verdadeiros humanistas e pacifistas europeus, sempre prontos a denunciar a hipocrisia dos outros. Também é verdade que quando Mao era um farol, ficaria mal chamar-lhe a atenção para estas minudências. Haroon Moghul, da resistência local, quer ajuda para impedir o sucesso dos grupos fundamentalistas que já capitalizam as vantagens da nova geopolítica da zona ( dinheiro, armas e moral iranianos). Por enquanto vai continuar a falar para as estepes.
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