RIO E A CULTURA (II): Eliot tinha uma visão mendeliana da cultura, desconfiando do sucesso da transmissão imediata das qualidades culturais por parte de uma elite ( ao contrário do que Mannheim defendia). Entretanto o mundo engordou e a satisfação das necessidades básicas enfraqueceu a gravidez : o pessoal precisa tanto de cultura como de um buraco no sapato ( o Pedro Mexia fornece alguns exemplos deliciosos no www.estadocivil.blogspot.com). O ministro Carrilho percebeu isso muito bem e por conseguinte, se bem se lembram, subsidiou " As Lições do Tonecas ". Porque a cultura já só é desejada, as elites desapareceram e os "agentes culturais " esperam agora que um autarca os satisfaça. Mas a decadência, já explicava Hesíodo, apenas acrescenta valor ao trabalho, e a cultura é coisa de ociosos. E um autarca tem muito trabalho.
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