TONY ROYAL: Visita-se o site, que tem nome de creme para as rugas ( www.desirdavenir.org) , de Ségolène e está tudo arrumadinho: o que ela pensa sobre defesa, "democracia participativa " ( uma vacuidade que se esgota nos orçamentos participados dos liceus) , imigração, etc. Diz tudo e o seu contrário, apesar de os media portugueses já estarem a avisar que é Sarcozy o demagogo ( como o "Público" de hoje). Mas é mulher, linda-flor de sorriso plástico e mamã certificada. Parafraseando o seu compatriota Malraux, Ségolène será ou o Blair francês ou não será.
Estou totalmente de acordo. Escrevi sobre o assunto no meu blogue e fico chocado com o tratamento que a imprensa está a dar à senhora, anunciando-a em termos messiânicos e falando da "renovação política", quando Ségolène Royal é apenas e tão-só o mais recente triunfo da vacuidade política.
Dos "juris populares" para avaliar a acção governativa, ao "enquadramento militar" dos jovens delinquentes, passando pelo desprezo às mulheres que usam cuecas de fio dental, sem esquecer a sua crítica ao "nuclear civil" iraniano (suponho que para defender o nuclear militar), as propostas de Royal são estapafúrdias.
Mas lá está, é bonita, telegénica, vende bem. A França caminha para o abismo, mas pelo menos fá-lo com estilo...
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