UMA EVIDÊNCIA: Até o Observatório Europeu das Drogas ( que não observa nada de jeito, mas isso ficará para outra altura ) constata o óbvio: apesar do aumento espectacular das quantidades apreendidas, cada há vez mais cocaína na Europa e mais barata. Falta, se bem entendi, a análise de um dado crucial: o grau de pureza do material vendido nas ruas. Os americanos nunca se esquecem dele porque é um indicador importante das dificuldades do mercado abastecedor. Seja como for, o essencial está lá, ainda que muitos se obstinem em não o compreender: há muita coca à espera de ser transformada. As apreensões, por muito que custe, são para inglês ver. Tenho batido nesta tecla e continuarei a bater.
e muito justamente. mas, filipe, o próprio observatório, se não estou a delirar, já disse disse várias vezes nos relatórios (e a onu também) -- aliás quando o ina fez aquela análise da aplicação da estratégia da droga, uma das coisas mais cómicas foi considerar-se como um avanço o aumento das apreensões de drogas. a propósito da pureza, fiz uma vez uma experiência, como repórter da sic. fui ao casal ventoso comprar heroína e cocaína (com câmara oculta, a filmar os pregões, as 'filas', etc) e a seguir dei-a analisar ao laboratório da marinha. a cocaína era puríssima, a heroína tinha problemas de sintese. segundo eles, era mais morfina que heroína. nunca percebi por q carga de água a pj não faz esse tipo de análise.
Cara Fernanda, Referia-me mais aos actores políticos e alguns panfletistas. Até o UNDOC já reconhece que o volume de apreensões é meramente indicativo ( não deixando de ser importante) : evolução das rotas, pequenas variações regionais, etc. O grau de pureza é outra louça ( quanto mais pura mais a rede e/ou o produtor está à vontade) e como já tencionava fazê-lo, aproveitarei a sua boleia ventosiana para falar disso um dia destes.
PS: obrigado por aqueles links sobre os NEP nas cadeias. Algumas das peças do DN já tinha de facto no meu arquivo em papel. Reli a notícia sobre a experiência alemã e estava muito completa.
A mim näo me parece que seja preciso investigar. Sëculo XIX. Öpio. Rotas comerciais. Enfim, desde sempre. Mas tambëm ninguëm acredita num mundo sem drogas pois näo??? Pensando melhor, talvez os utöpicos....
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