VERGONHA (II): Não vale muito nestes dias, dir-se-ia que não tem valor adaptativo. É um sentimento que tem de se libertar da carga religiosa e regressar ao sentido grego original de desonra ( aiskhyne ). É bom sentir vergonha pelos amigos que traímos, pelas crianças que não protegemos, pelas mentiras que não dissemos. Ainda por cima não custa muito nem nos impede de continuar a fazer asneiras. Por que motivo é tão rara, a vergonha, não sei. Talvez porque passamos pouco tempo sozinhos, talvez porque queremos sempre agradar a alguém.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.