CIRCUNLOQUIUM: D. Diogo Ortiz, Bispo de Viseu ( de Ceuta na altura) , em 1504, desenvolve a definição recolhida na Epístola de S.Paulo aos Hebreus: Fé é a substância das coisas que se esperam e o argumento das coisas que não se vêem. Divorciada do estoicismo - a máxima de Horácio nada pode num mundo que se subordina à certeza da criação -, ainda assim a elaboração de D. Diogo deixa espaço para a aliança da fé com a prática racional, como diz a editora da segunda edição do " Cathecismo Pequeno ", Elsa Silva, pioneira no tratamento científico deste texto. Essa aliança organizava-se no "exterior" - " confessar pela boca ", ou seja, persuadir, explicar, convencer, trazer para a fé a partir da matéria que o cristão vê pela sua própria vontade. Estava aberta a porta para o mundo racional, já não bastava a autorictas. Um bom texto, actual, e uma boa edição ( Colibri, 2001).
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