INTOXICAÇÕES (II): O manumisso Junger *, soldado de licença em Hanôver no fim da Grande Guerra, passeando ao longo da Muralha Frederico. Carregado de éter, cruza-se com um major do Estado-Maior que quer saber por que motivo não foi saudado. Junger responde-lhe: " Tinha a atenção concentrada em si, meu major ". O oficial perdoa-lhe, não sem profetizar uma catástrofe causada por tantas negligências. Junger concorda para com os seus botões: Toda a subversão começa pelas regras de saudação.
* Ernst Junger, 1978, "Annaherungen, Drogen und Rausch", trad. port. da Relógio D'Água, 2001.
Bem, isso terás de perguntar ao Junger. Mas calculo que toda a saudação implica um código tão introdutório, visível, e portanto tão rígido, que qualquer desobediência é agitadora. Até um bom dia não dito. Boa noite, cara Ónix.
Respondi-te - julgo que já somos conhecidos - mas o comentário não entrou, faço outro: experimenta não dizer esse bom-dia em certas situações. Tem um bom-dia, cara Ónix.
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