DEBATE CALMO E SERENO: Vítor Dias é do Partido Comunista Português, Deputado à Assembleia da República, defende o SIM ao aborto e escreve no Público. No seu último artigo defendia que os do SIM deviam ter um diálogo marcado pela compreensão e respeito, mantendo elevada serenidade. Depois passou a referir-se ao NÃO. Recolhi alguns dos termos mais esclarecedores utilizados:
terrorismo verbal, violenta agressão ideológica, chocante primarismo, baixeza política e moral, enormes falsidades e trafulhices, miserável e desprezível, indignas declarações, ignorantes e palermas, servil alinhamento, rasteiro e mesquinho, abastardar este debate, falácias e invenções.
Ó Vítor Dias, confesse-nos cá: você tem é saudades do estalinismo, não é?
Olá Stephens (perdoar-me-á a intimidade de não o tratar por Sr.), tenho vindo cá pouco e vi que estou sem lhe responder a um comentário. Tentarei fazê-lo mal possa, acredite. Acredite ainda que não julgo de si aquilo que diz ("néscio"... acha que eu responderia a um "néscio"?) Eu brinco, discuto, meto-me consigo, e até aceito tudo de quanto me acusa e me atira, mas se não o considerasse minimamente não lhe respondia às questões que coloca (e imagino que você também não comentasse os meus pobres posts). Mas neste comentário você tem razão. Estou a léguas da nudez deste comunista. Viu bem o conjunto de termos utilizados? Acho que nunca utilizei nenhum deles...
Olá Vasco (já que estamos numa de intimidade), camarada Vasco, realmente você não utiliza os mesmos termos mas diz, de facto, coisas muito piores. Ás vezes até faz com que os comunistas pareçam anjinhos... Na verdade você responde pouco àquilo que lhe pergunto e isto para tinha como objectivo convencer-me a votar NÃO, não augura nada de bom. Mas eu vou dar-lhe outra oportunidade. Ponderarei o voto NÃO se me convencer da incorrecção dos meus argumentos, ai vai: O meu voto SIM é um voto pela vida, ou seja, com ele estou convencido que salvo mais mulheres da doença física, psicológica e até da morte. Estou convencido que, com enquadramento de saúde pública, podem evitar-se abortos, pela palavra (eu acredito na palavra, vê) pela ciência e pela integração social, ao passo que uma situação de ilicitude, de angústia individual e de solidão social nunca poderá evitar. Voto SIM também porque este voto não impele nem incentiva ninguém a abortar. Convença-me que estou a pensar erradamente. Pelo contrário, o voto NÃO, não poupa nenhuma vida, antes agrava as vidas já existentes (se uma mulher com 4 filhos em casa fizer um aborto e as coisa correrem mal, é muita vida a menos para muita gente). O voto NÃO não evita que nenhuma mulher que queira abortar o deixe de fazer, portanto, ao negar-se-lhe a possibilidade de o realizar em segurança médica, está-se apenas a deixar a sua vida à mercê de um valor semântico da palavra NÃO que, pode estar imbuido de muito boas intenções, mas não resolve nenhum dos seus problemas, ou resolve ? Camarada Vasco, se me demonstrar o contrário acredite que ponderarei outro sentido para o meu voto. A palavra é sua. E terei todo o gosto em jantar consigo e o vinho nem precisa ter muita idade, há por aqui pela minha região (litoral oeste) muitos vinhos cuja relação preço/qualidade permite não esbanjar quantias astronómicas. Sabe, a direita gosta de nos incitar a poupar e não vejo porque não os devemos ouvir.
fui agora ao esquerda.net do NÃO que é, claro está, o blogue do NÃO e reparei que até o dr louçã o trata por camarada, como eu não quero parecenças com o dr louçã, peço que substitua a leitura do tratamento próximo de camarada Vasco por companheiro Vasco atentamente
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