PRECÁRIO: No recente debate televisivo na RTP 1 sobre o desemprego e sobre o primeiro emprego estavam alguns representantes dos "jovens", incluindo os presidentes das várias "jotas" dos partidos com representação parlamentar. Alguns deles referiram a precaridade do posto de trabalho como uma das suas principais preocupações. Seria bom que alguém explicasse que o verdadeiro problema, actualmente, é arranjar emprego e ter a felicidade de fazer parte de um grupo cuja produtividade assegure a manutenção dos respectivos postos de trabalho (admitindo que o Estado também pode falir um dia...). Como referiu Medina Carreira há algum tempo atrás, veja-se o que valem os direitos adquiridos das centenas de trabalhadores que, de um momento para o outro, ficam sem trabalho devido ao encerramento da respectiva empresa.
Precaridade já é, creio, um conceito "público" de trabalho. Tal como essa coisa, verdadeiramente fantasmagórica, de fazer greve para «prorrogar o acordo colectivo» no Metro. Ainda assim, nesse programa, «a maior» foi o líder da JC defender que não se devem pagar impostos porque as contrapartidas do Estado serão fracas. Com este tipo de "líderes", só nos resta um futuro precário.
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